Este interesse foi manifestado à imprensa, em Luanda, pelo ministro britânico para África, Collins Highbury, após uma audiência com o Presidente da República, João Lourenço.
O dignitário britânico iniciou, esta quarta-feira, uma visita de trabalho de quatro dias a Angola, no quadro do reforço da cooperação bilateral.
Informou que abordou com o estadista angolano aspectos ligados aos projectos específicos, com realce, sobre o Corredor do Lobito.
"Falamos da expansão da actividade económica. Trata-se de investimentos que vão apoiar o desenvolvimento de infra-estruturas para criar oportunidades económicas destinadas às populações daquela região”, realçou Collins Highbury, que efectua a primeira visita de trabalho a um país de África desde a sua nomeação a 9 de Julho de 2024.
Outro assunto que esteve no centro do diálogo, disse, está relacionado com o cessar-fogo alcançado recentemente entre as autoridades da República Democrática do Congo (RDC) e do Rwanda, sob mediação do governo angolano.
Collins de Highbury felicitou o Estadista angolano pelos esforços empreendidos na busca da paz, estabilidade e segurança no leste da RDC, onde desde 2021, continua latente um conflito armado entre o exército congolês e a rebelião do Movimento 23 de Março, que conta supostamente com o apoio do Rwanda.
Para o ministro, a questão do conflito na RDC não é um assunto fácil. "É uma tarefa muito difícil, mas foram já dados bons passos”, exprimiu.
Cooperação Bilateral
Os dois países têm uma forte parceria económica, especialmente no sector dos petróleos, área em que a British Petroleum (BP) é um dos maiores investidores estrangeiros em Angola, com mais de 30 mil milhões de dólares investidos até finais de 2018.
Operadora dos blocos 18 e 31, a BP obteve, em 2019, uma produção líquida total de 115 mil barris de petróleo/dia.
Em Março de 2009, o Governo britânico reabriu a sua linha de crédito para exportações com Angola, num valor até 70 milhões de dólares, para investimentos inteiramente privados.
No quadro da diversificação da economia de Angola, o Reino Unido apresenta-se como potencial parceiro nos sectores da agricultura, energia, infra-estruturas, saúde e serviços financeiros.
O Reino Unido é formado pela Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, sendo uma nação insular situada no noroeste da Europa.
Fonte: Angop.