A Primeira – Dama da República defendeu o fomento da liderança feminina em todos os sectores da sociedade africana, para a construção de um futuro mais justo e igualitário.
Ana Dias Lourenço apresentou a posição durante a intervenção no segundo e último dia de trabalhos da 29.ª Assembleia Geral Ordinária da Organização das Primeiras Damas Africanas para o Desenvolvimento (OAFLAD), realizada no último domingo, à margem da 38.ª Conferência Ordinária dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana.
A Primeira-Dama da República eleita, sábado, vice-presidente da OAFLAD, sublinhou que a liderança feminina não é apenas possível, mas essencial para o progresso do continente.
"A mulher deve ser reconhecida não apenas como cuidadora ou pilar familiar, mas, também, como líder em sua própria capacidade, com o direito de definir o seu próprio destino”, destacou Ana Dias Lourenço.
A título ilustrativo, Ana Dias Lourenço referiu que, por meio dos programas e projectos que desenvolve com o apoio do seu Gabinete e da sua Fundação, Ngana Zenza, tem trabalhado para que as mulheres angolanas ocupem posições de liderança e tomem decisões que impactem o seu futuro.
"Estamos a consolidar os resultados alcançados com a campanha Nascer Livre para Brilhar, por via do projecto Geração Sem Sida Até 2030, a mobilizar toda a sociedade para o seu engajamento no combate à violência infanto-juvenil, a incentivar a prática do desporto e as habilidades artísticas dos jovens, em particular, da jovem menina, como contribuição para um futuro inclusivo e sustentável”, ressaltou.
A Primeira-Dama da República destacou, por outro lado, a importância da solidariedade africana, um sentimento que disse convidar a abraçar a paz como fundamento das "nossas” acções. A união das mulheres do continente, prosseguiu, é essencial para a criação de uma rede de apoio e de mobilização para o fim dos conflitos e busca de uma paz duradoura. "A paz deve ser o elo que nos conecta, fortalece e inspire a nossa luta por um futuro harmonioso e cheio de esperança”, defendeu a Primeira-Dama de Angola, para quem é necessário que se continue a trabalhar, em conjunto, para ultrapassar as diferenças com paz no coração, tendo em vista a construção de um futuro mais justo, igualitário e próspero para os "nossos” filhos, filhas, netos e netas.
Num discurso virado para a colocação das mulheres no centro do desenvolvimento, como pilar fundamental na luta por direitos iguais e oportunidades para todos, a Primeira-Dama da República recordou que, ao longo da história, os papéis desempenhados pelas mulheres, em várias áreas, como na família, na economia, na política e na preservação da cultura, foram cruciais, além da luta pela justiça, liberdade e igualdade. "As nossas avós e mães foram pioneiras, contribuindo para a construção de um legado que hoje se alicerça na nossa identidade e nos nossos valores mais profundos”, recordou Ana Dias Lourenço, sublinhando que as mulheres africanas têm um papel multifacetado e "profundamente” enraizado nas tradições culturais, sociais e históricas do continente africano.
A vice-presidente da Organização das Primeiras Damas Africanas para o Desenvolvimento falou sobre os projectos lançados em Angola, "com sucesso”, tendo destacado a Campanha "Somos todos iguais” em Agosto de 2024, sob o lema "Educação para a igualdade de género e a luta contra a violência infanto-juvenil”, tendo agradecido as suas homólogas por terem se juntado à causa, ao enviarem os seus representantes, assim como aos parceiros e ao Secretariado Executivo da OAFLAD, pela presença e apoio técnico prestado.
Em Outubro de 2024, continuou Ana Dias Lourenço, realizou-se um seminário para a divulgação do Plano de Acção da Campanha "Somos Todos Iguais”, para mobilização da sociedade, incluindo importantes actores como as Igrejas, Universidades, Organizações da Sociedade Civil, entre outros.
Fonte: Jornal de Angola.