Sete mil novas doses de vacinas contra a cólera foram adquiridas com vista a reforçar o combate a esta epidemia que assola o país, informou, esta quinta-feira, em Luanda, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta.
Segundo a governante, que apresentava a situação da cólera em Angola, com essa nova aquisição realizar-se-á uma nova campanha direccionada prioritariamente às áreas de maior risco.
A acção visa reforçar a campanha realizada de 3 a 7 de Fevereiro último, que permitiu imunizar um milhão e 79 pessoas nas províncias de Luanda, Bengo e de Icolo e Bengo.
Sílvia Lutucuta lembrou que o Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças disponibilizou para Angola, no dia 12 de Março, cerca de 200 mil doses de vacinas, sendo que duas mil já foram usadas na comunidade de Luinha, na província do Cuanza Norte.
Em relação à situação da epidemia, a ministra referiu que Angola conta com 14 províncias afectadas, com um total de sete mil e 950 casos que provocaram 258 óbitos, correspondendo a uma taxa de letalidade média de 3.7 por cento.
A província de Luanda é a mais afectada com cerca de 50 por cento do total dos casos, seguida do Bengo (18%) Icolo e Bengo (9%) e Cuanza Norte (8%).
Durante a última semana, informou a ministra, 48 por cento dos óbitos ocorreram na capital do país e 33% na província do Cuanza Norte, sendo que o sexo masculino é o mais afectado, sobretudo na faixa etária dos dois aos cinco anos.
Ainda nos últimos sete dias, notificou-se o aumento brusco do número de casos, concretamente na localidade de Luinha, comuna de Canhoca, município do Cazengo, com o registo, em menos de 48 horas, de 13 óbitos num universo de 44 casos.
“Embora tratar-se de uma área remota, as equipas poderão proceder ao controlo rápido da situação”, salientou.
Fez saber que estão mobilizadas 120 equipas de respostas rápidas instaladas nos centros de tratamento de cólera nas áreas mais afectadas.
Afirmou que estão disponíveis a nível do país medicamentos e meios para o combate à cólera e estão a ser realizadas acções de capacitação de profissionais de saúde, adeptos e voluntários.
A ministra destacou o engajamento dos efectivos da Polícia Nacional e das Forças Armadas Angolanas no combate à cólera no país, exortando a população a observar as medidas de segurança, como a lavagem frequente das mãos, particularmente antes de comer, manusear alimentos e usar a casa de banho, a higiene corporal, manter as casas limpas e arredores, tratar da água, fervendo ou usando cinco gotas de lixívia em cada litro.
Fonte: Angop.