O Atlantic Council, um dos mais influentes "think tanks" americano promoveu em Washington, D.C., uma mesa redonda dedicada aos minerais críticos, reunindo especialistas e representantes governamentais para discutir o papel estratégico do Corredor do Lobito no comércio global e no desenvolvimento da África Austral.
O evento contou com a presença do ministro das Finanças e do Desenvolvimento Económico da Zâmbia, Situmbeko Musokotwane, e do embaixador de Angola nos Estados Unidos da América, Agostinho Van-Dúnem, que reforçaram o compromisso dos seus países com o sucesso do Corredor do Lobito, um dos principais projectos do PGII (Parceria para Infraestrutura e Investimento Global), impulsionado pelos Estados Unidos e União Europeia.
O ministro Situmbeko Musokotwane, principal orador do evento, sublinhou que os países que fazem parte do Corredor do Lobito têm responsabilidades colectivas e individuais, e que a Zâmbia tem feito a sua parte com a introdução de reformas na legislação do investimento estrangeiro e a modernização de infraestruturas.
O governante destacou ainda que a Zâmbia é um dos principais produtores de cobre e cobalto, minerais essenciais para a transição energética global, e que a operacionalização plena do Corredor do Lobito fortalecerá as exportações do país e impulsionará a integração regional.
Angola reafirma compromisso com a integração regional
Por sua vez, o embaixador Agostinho Van-Dúnem destacou que Angola está plenamente comprometida com o Corredor do Lobito, reforçando que o país continua a trabalhar em estreita colaboração com os seus parceiros regionais para garantir o sucesso da operação.
"O Corredor do Lobito é mais do que uma via de transporte; é um projecto estratégico para o desenvolvimento econômico da região. Estamos empenhados em garantir que este corredor se torne um pilar de crescimento para Angola, Zâmbia, República Democrática do Congo e para a ligação com os mercados globais", afirmou o diplomata angolano.