Angola foi eleita vice-presidente do Conselho do Comércio e Desenvolvimento (TDB), durante a 70ª sessão regular da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), que decorreu de 19 até quarta-feira, no Palácio das Nações, em Genebra, para um mandato de um ano (2023-2024).
Segundo um comunicado a que o Jornal de Angola teve acesso, o Conselho do Comércio e Desenvolvimento (TDB) elegeu dez novos vice-presidentes, sendo dois por África, igual número pela América Latina, cinco pela Europa, e um pela Ásia.
O Conselho sobre o Comércio e Desenvolvimento é um órgão que supervisiona as actividades do Departamento das Nações Unidas na área do Comércio e do Desenvolvimento (UNCTAD). Reúne-se em Genebra, três vezes ao ano, em sessões executivas e uma vez ao ano em sessão regular e durante a vigência do mandato, 2023-2024, a Missão Permanente de Angola junto da ONU e outras organizações internacionais, em Genebra, vai representar o país nesse órgão, como vice-presidente ao lado do Quénia.
A sessão elegeu, por unanimidade, o embaixador Khalil Hashmi, do Paquistão, como presidente do Conselho.
A UNCTAD ajuda os países em desenvolvimento a aceder de forma mais equitativa e eficaz aos benefícios da economia global, produzindo, neste âmbito, análises económicas e comerciais, formação de consenso e oferta de assistência técnica para ajudar os países em desenvolvimento a usar o comércio o investimento, finanças a tecnologia para um desenvolvimento inclusivo e sustentável.
Um dos temas primordiais debatidos durante a 70ª sessão do TDB são as oportunidades e desafios da descarbonização na Economia Azul.
De referir que muitos países em desenvolvimento aderiram ao apelo para alcançar emissões líquidas zero até 2050, necessárias a fim de atingir a meta do Acordo de Paris de manter o aquecimento global em não mais de 1,5°C, em linha com o princípio de responsabilidades comuns, mas diferenciadas e respectivas capacidades. Por outro lado, a descarbonização também pode oferecer oportunidades de desenvolvimento, incluindo o avanço tecnológico que pode estimular a transformação económica estrutural, a criação de empregos, aumentar a capacidade produtiva e a diversificação do comércio, além de melhorar a segurança energética do alimentar e reduzir a vulnerabilidade à volatilidade dos preços das commodities.
Fonte: Jornal de Angola