• Banco Mundial reconhece impacto positivo do Kwenda nas comunidades


    O leque de projectos realizados pelo Governo de Angola, com o apoio do Banco Mundial, têm mostrado resultados satisfatórios e positivos, de acordo com o representante da instituição financeira para Angola e São Tomé e Príncipe, em especial o de Fortalecimento do Sistema Nacional de Protecção Social (Kwenda), que impactou a vida de um milhão de pessoas no país.
    Juan Carlos Alvarez disse, em declarações ao Jornal de Angola, que o leque de programas da instituição cresceu, exponencialmente, desde a data do reforço da cooperação com o Governo de Angola em 2019, com um total de 17 projectos de investimentos, avaliados em 4.3 biliões de dólares, com um remanescente de 13 mil milhões de dólares, ainda por desembolsar.
    Ao fazer o balanço da carteira de programas financiados pelo Banco Mundial, destacou, ainda, entre outras, iniciativas como os Projectos de Agricultura Comercial (PDC), de Reforço dos Sistemas de Saúde (PFSS), de Empoderamento das Raparigas (PAT2), de Reforço da Protecção Social (Kwenda), de Resposta Estratégica do Covid-19, de Resiliência Climática (Reclima), de Apoio aos Pequenos Agricultores (Mosap 2), de Aceleração da Diversificação Económica e de Reforço de Governação Local.
    A maioria dos programas, acrescentou, é destinado aos jovens e teve início há poucos anos. Por esta razão, frisou, há ainda fundos reservados para serem entregues.

    Projecção

    No caso do Projecto Kwenda, com um financiamento de 400 milhões de dólares, dos quais 300 do Banco Mundial, e 100 milhões do Governo de Angola, Juan Carlos Alvarez disse que o impacto tem sido positivo e permitiu ajudar um milhão de angolanos, que hoje desenvolvem actividades económicas e conseguiram obter o auto-sustento.
    Actualmente, referiu, com o relatório do Banco Mundial a concluir, o projecto mostrou que tem sido de grande valia para as pessoas mais vulneráveis residentes nas áreas rurais. Além da Agricultura, sublinhou, as transferências foram, também, usadas na pecuária.
    “Fizemos uma visita de constatação às zonas mais recônditas do país e de difícil acesso e ouvimos, a partir de testemunhos directos, os principais resultados, demonstrando que alcançamos os objectivos do público alvo, assim como ajudamos a melhorar a qualidade de vida nessas localidades”, disse.
    Devido ao impacto positivo, continuou, foi, recentemente, aprovada a segunda fase do programa, denominado Kwenda II, que começa com uma proposta maior de financiamento, avaliada em 400 milhões de dólares do Banco Mundial.
    “Na primeira fase do projecto, a intenção era ajudar até 1.6 milhões de pessoas beneficiárias”, sublinhou, adiantando que com o reforço da verba é possível atingir esse número. Juan Carlos Alvarez informou que, além da segunda fase do Kwenda, estão a ser projectados outros novos projectos com o Governo de Angola, dentre eles o de Emprego Jovem, de Acesso Digital e Cidades Secundárias.
    O projecto de Cidades Secundárias, disse, está relacionado com a requalificação urbanística e vai permitir apoiar o crescimento urbano organizado, em particular ao Longo do Corredor do Lobito. “Ainda este ano, vamos terminar de implementar o projecto de Agricultura”, frisou.

    Grau de execução

    O Banco Mundial, explicou Juan Carlos Alvarez, tem disponível duas janelas de financiamento, uma feita por meio de recursos financeiros e outra pela assistência técnica. “No caso do apoio financeiro, geralmente inclui projectos com um período de execução de cinco anos, tempo estabelecido para alcançar os resultados desejados, principalmente em termos de impacto na sociedade”.
    Os 17 projectos em execução no país, frisou, têm uma vida útil de cinco anos e quanto ao desembolso a estimativa de gastos ronda os 20 por cento por ano. “A meta é atingir os cem por cento do orçamento global de cada um dos programas”, disse.

    Fonte: Jornal de Angola.