Falando por ocasião do Dia Mundial da Luta Contra a Malária, a assinalar-se esta terça-feira, disse que comparativamente ao período análogo, em 2022, houve uma redução de 35 por cento, ou seja, morreram cerca de menos mil 500 pessoas.
Por outro lado, anunciou, sem distinguir sexos e idades, que no período em referência Angola notificou dois milhões 744 mil 682 casos de malária, contra os dois milhões 699 mil 861 casos registados nos meses de Janeiro, Fevereiro e Março do ano passado.
Fez saber que as províncias de Luanda, Bengo e Uíge continuam as províncias com mais casos de malária.
Para José Franco Martins, é compreensível o aumento de casos, pois está associado à expansão dos serviços de saúde no país, consubstanciada com o surgimento de novas unidades sanitárias.
Adiantou que a prevenção é o foco primário, antes do curativo, e neste âmbito, o Programa de Controlo da Malária leva a cabo, em oito províncias do país, um projecto de distribuição em massa de mosquiteiros, um para cada agregado familiar, bem como a pulverização domiciliar.
Lembrou que o projecto vai abranger as restantes dez províncias e que foram criadas brigadas de luta anti-vectorial, cujas atribuições principais estão ligada à destruição dos criadouros dos mosquitos com produtos biológicos.
De acordo com o médico, apesar dos esforços do Executivo, existem infelizmente algumas acções reprováveis por parte da população, nomeadamente, em alguns locais, as redes mosquiteiras são usadas para pesca ao invés de estarem em casa na cobertura da cama.
"Este é um trabalho árduo que temos de mobilizar a população para adopção de comportamento seguro relativamente à prevenção", acrescentou .
Lembrou que estamos em plena época chuvosa, assegurando que as unidades estão preparadas para a demanda dos próximos meses e que, recentemente, foi feito um exercício de quantificação, bem como o reforço do stock face à previsibilidade de aumento de casos.
Este ano, o lema escolhido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e assumido também por Angola, intitula-se "É hora de alcançar o zero malária: Investir, Inovar, Implementar ”, sublinhando a necessidade de acelerarmos a luta contra a malária, colocando as pessoas no centro da actuação, com uma abordagem inovadora, transversal e multissectorial para acabar com a doença.
A data foi instituída desde 2007 pela OMS com a finalidade de reconhecer o esforço global para o controle efectivo da doença, bem como sensibilizar e melhorar o conhecimento da sociedade, assim como dos impactos devastadores a nível sanitário, social e económico.
Fonte:Angop