O desafio fazia parte da fase final do curso de "Data Science and Machine Learning Program”, leccionado pelo MIT e consistia na criação de um modelo preditivo baseado em ciência de dados e aprendizagem de máquina que ajudasse a prever a satisfação ou insatisfação dos utentes dos Shinkansen, os comboios de alta velocidade do Japão.
Para Arlindo Almada é um orgulho e uma honra levar o nome de Angola para uma instituição considerada a melhor universidade do mundo.
"O verdadeiro potencial de Angola está na capacidade não explorada dos jovens. Eu fiz o Ensino Secundário no Instituto Médio Industrial de Luanda e a Licenciatura na Universidade Católica de Angola (UCAN), portanto, tive as mesmas bases de programação que muitos jovens", frisou em declarações à TPA.
O cientista sublinhou que é possível o angolano alcançar grandes conquistas, não apenas na dança, na música ou em outra arte, mas que tal, como o diamante pode-se explorar outras riquezas, no país.
Após vencer a maratona, Arlindo Almada revelou que mais do que levar o nome de Angola à competição, escolheu o nome "Angola" para a sua equipa como forma de dizer aos angolanos que "é possível chegar mais longe, que os angolanos não precisam limitar-se apenas às artes.
Para o também professor da UCAN, "faltam-nos referências na ciência, e vencer este desafio transmite uma mensagem aos angolanos de que é possível chegarmos mais longe e que para isso não devemos apenas tentar, devemos fazer de facto.
Arlindo Almada é docente da Universidade Católica de Angola, doutorado em Data Science e Inteligência Artificial pela London Metropolitan University, especializado em Natural Language Processing (NLP) aplicada à Educação.
Fonte: Jornal de Angola.