A afirmação é do embaixador de Angola na Etiópia e Representante Permanente Junto da União Africana (UA), Miguel Bembe.
O diplomata referiu que, não obstante se tratar de uma presidência temporária (2024-2026), Angola vai aproveitar alinhar as suas prioridades com a consolidação dos objectivos gerais e específicos definidos no quadro dos seu mandato, que passam pela promoção da paz e segurança, através da aplicação dos princípios da resolução pacífica dos conflitos no continente, priorizando, sempre o diálogo inclusivo e a tolerância responsável.
Para o diplomata angolano, a chegada do país à presidência daquele órgão da União Africana vai contribuir para a consolidação da influência política e diplomática no continente africano, enquanto activo para a promoção dos seus interesses nacionais nos planos regional e intercontinental, ao mesmo tempo que vai reafirmar o compromisso do país na promoção da paz e da segurança, reforçando, deste modo, a sua credibilidade enquanto actor e interlocutor africano "incontornável", dado o facto de ser uma voz ouvida, respeitada e seguida no Sistema das Relações Internacionais.
O anúncio da chegada de Angola à presidência rotativa do Conselho de Paz e Segurança da União Africana foi tornado público, sexta-feira, pela Embaixada de Angola na Etiópia e Missão Permanente Junto da União Africana, em nota enviada à Redacção do Jornal de Angola.
O embaixador de Angola naquele país e representante permanente junto da União Africana, Miguel Bembe, participou, nesse mesmo dia, numa reunião daquele órgão, dedicada ao futuro das Operações de Apoio à Paz lideradas pela UA, que aprovou já o Projecto da Agenda de Trabalho do Conselho de Paz e Segurança para o mês de Julho, proposto por Angola. O Conselho de Paz e Segurança da União Africana é o órgão decisório da União Africana para a prevenção, gestão e resolução de conflitos no continente africano.
A União Africana é um órgão continental composto por 55 Estados-membros. A organização foi lançada, oficialmente, em Julho de 2002, em Durban, África do Sul, na sequência de uma decisão tomada, em Setembro de 1999, pela sua antecessora, a OUA, de criar uma nova organização continental para desenvolver o seu trabalho.
A decisão de relançar a Organização Pan-africana de África foi o resultado de um consenso entre os líderes africanos de que, para concretizar o potencial de África, era necessário desviar a atenção da luta pela descolonização e pela libertação do continente do apartheid, que tinha sido o foco da OUA, no sentido de uma maior cooperação e integração dos Estados africanos para impulsionar o crescimento e o desenvolvimento económico de África.
Fonte: Jornal de Angola.