• Diamantes Do Lulo Continuam Atrair Compradores Mundiais


    Os diamantes extraídos da mina do Lulo, sobretudo os raros ou especiais, garantem boas receitas, apesar da queda do preço de comercialização para menos de 57%.

    De acordo com o presidente do Conselho de Gerência (PCG) da Sociedade Mineira do Lulo, Domingos Machado, os diamantes dessa jazida continuam "bastante apetecíveis” e a atrair compradores de diferentes mercados mundiais.

    Em declarações à imprensa, nesta quinta-feira, durante uma visita da governadora da Lunda-Norte, Filomena Miza à referida mina, o gestor disse que o preço médio de venda do diamante da mina no mercado internacional, em leilão, é de 1.850 Dólares por quilate.

    Sem revelar os níveis de facturação do primeiro semestre deste ano, o responsável frisou que os níveis de produção mensal estiveram abaixo de 2. 500 quilates contra os 3.000 perspectivados.

    Explicou que a queda da produção deveu-se ao facto de a empresa operar, neste período, com apenas 40 a 45% da sua capacidade, por causa dos constrangimentos registados durante as chuvas, que inundaram a maior parte dos blocos.

    "Pensamos que até Outubro ou Novembro conseguiremos recuperar os níveis de produção que estavam previstos”, disse Domingos Machado.

    A mina do Lulo, localizada no município de Capenda-Camulemba, província da Lunda-Norte, tem revelado um elevado potencial de qualidade e quantidade, tendo conseguido logo no primeiro ano de exploração o valor mais elevado, por quilate, no mundo inteiro na ordem dos 2.985 dólares.

    Desde o início das operações da mina em 2010, já foram extraídos 45 diamantes com mais de 100 quilates, cinco dos quais este ano.

    A Lulo é igualmente a mina onde foi extraído o maior diamante até agora encontrado em Angola, com 404,2 quilates, vendido em Maio de 2016 por 16 milhões de dólares e que veio a render USD 34 milhões de dólares, depois de lapidado e transformado em jóia.

    Com uma concessão de 3.000 quilómetros quadrados, a mina, detida pelas empresas angolanas Endiama E.P (32%) e Rosas & Pétalas (28%), bem como pela australiana Lucapa Diamond (40%), assegura actualmente, 700 empregos directos e indirectos.

    Fonte: Angop.