De acordo com a agenda do evento, para hoje, está prevista a reunião de peritos, que é, no essencial, preparatória para o encontro ministerial de amanhã.
Aspectos técnicos e a necessidade de concertação político-diplomática entre os Estados-membros em matéria ambiental, entre outros, são as questões a serem abordadas pelos especialistas, cuja reunião será presidida pelo director de Cooperação do Secretariado Executivo da CPLP, Manuel Clarote Lapão, e pela secretária de Estado para a Acção Climática e Desenvolvimento Sustentável e coordenadora da Comissão Preparatória da IX Reunião dos Ministros do Ambiente da CPLP, Paula Coelho.
A reunião decorre até sábado (29). Estão confirmados os ministros do Ambiente dos Estados-membros da CPLP, nomeadamente, Cabo Verde, Brasil, Guiné Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, com excepção de São-Tomé e Príncipe, que será representado pelo embaixador.Reunião ministerial
Para amanhã, além do discurso da Vice-Presidente da República de Angola, estão previstas intervenções do secretário executivo da CPLP, da ministra do Ambiente do país anfitrião e a apresentação do governador da Huíla, sobre o estado do ambiente na província.
Segundo uma nota de imprensa do Ministério do Ambiente, o reforço do compromisso com o desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza, a implementação da Declaração do Rio sobre o Ambiente e Desenvolvimento, da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e da Agenda Africana de Desenvolvimento 2063, são, entre outros, os desafios dos Estados-membros, assim como o fomento de uma maior integração dos três pilares de desenvolvimento sustentável: o Económico, Social e Ambiental.
A nota refere que as decisões saídas das várias Reuniões Ministeriais do Ambiente (Lisboa em 1997, Maputo em 2001, Brasília em 2006, Luanda em 2008, Sal em 2012, e Maputo em 2014) têm vindo a reforçar o compromisso da CPLP, quanto à protecção do ambiente e à melhoria da qualidade de vida dos cidadãos nesses países, no quadro do combate à pobreza, da promoção do desenvolvimento sustentável e das práticas de boa governação.
"Os Estados-membros da CPLP definiram uma estrutura de cooperação, baseando-se nas premissas da biodiversidade, combate à desertificação e mitigação dos efeitos da seca, no ecoturismo, educação ambiental, gestão ambiental marinha e costeira, gestão de resíduos, gestão integrada de resíduos hídricos e mudanças do clima, bem como nas energias renováveis", cita o documento.
O país aprovou ainda a Estratégia Nacional para Alterações Climáticas, com o compromisso de Angola alcançar a neutralidade carbónica até 2050, acentuando o programa de transição energética em curso, com o empenho de atingir 70% das fontes de energias renováveis até 2025.
Fonte:Angop