• Eua E Ue Valorizam Aposta De Angola No Corredor Do Lobito


    O empenho de Angola, da Zâmbia e República Democrática do Congo (RDC) em desenvolver o Corredor do Lobito mereceu, o encorajamento dos Estados Unidos da América (EUA) e da União Europeia (UE), que se propõem lançar um estudo de viabilidade da linha ferroviária.

    Numa declaração conjunta, EUA e UE reafirmam estar prontos em apoiar o desenvolvimento do Corredor, com o foco na nova expansão da linha ferroviária que se estende entre Angola e a Zâmbia.

    O Corredor do Lobito abrange o porto do Lobito, o terminal mineiro e o caminho-de-ferro de Benguela (CFB), que se estende por mais de 1.300 quilómetros da província de Benguela ao Luau, na província do Moxico.

    Continua depois por mais 400 quilómetros na RDCongo até Kolwezi, o coração da área mineira conhecida como Copperbelt, estando directamente ligado à rede ferroviária administrada pela Sociedade Ferroviária Nacional do Congo (SNCC).

    No documento, os EUA e a UE sublinharam o facto de a infra-estrutura ligar o sul da República Democrática do Congo e o noroeste da Zâmbia aos mercados comerciais regionais e globais através do Porto do Lobito, na província angolana de Benguela.

    A declaração divulgada pelo site "www.whitehouse.gov" refere que a aposta representa uma forte evolução do elemento "parceria da parceria" para infra-estruturas e investimentos globais.

    Consideram ser uma abordagem colaborativa que poderia ser replicada noutros corredores estratégicos em todo o mundo.

    A parceria EUA-UE assegura que irá modernizar "infra-estruturas críticas" em toda a África Subsariana para desbloquear o "enorme potencial" desta região.

    "Estamos entusiasmados por unir forças para gerar benefícios económicos com os nossos parceiros em Angola, na República Democrática do Congo e na Zâmbia".

    A parceria compromete-se em combinar recursos financeiros e conhecimentos técnicos, para acelerar o desenvolvimento do Corredor do Lobito, incluindo investimentos no acesso digital e nas cadeias de valor agrícolas que aumentarão a competitividade regional.

    Segundo a declaração, os EUA e UE apoiarão os governos no lançamento de estudos de pré-viabilidade para a construção da nova linha ferroviária Lobito-Zâmbia, desde o leste de Angola até ao norte da Zâmbia.

    Essa iniciativa, prossegue liderado pelos EUA para remodelar o troço ferroviário do Porto do Lobito, em Angola, até a República Democrática do Congo.

    Quando a infra-estrutura de transportes estiver totalmente operacional, aumentará as possibilidades de exportação para a Zâmbia, Angola e a RDC, além de impulsionar a circulação regional de mercadorias e promover a mobilidade dos cidadãos.

    A estratégia inclui o desenvolvimento de projectos de energia limpa, apoio ao investimento diversificado em "minerais críticos", alargar o acesso digital, aumentar as cadeias de valor agrícola, bem como a formação da mão-de-obra local, apoio às pequenas/médias empresas e à diversificação económica.

    O contrato de concessão pode ser prolongado até 50 anos, caso o consórcio opte por construir o ramal ferroviário entre Luacano (Moxico) e Jimbe (Zâmbia), numa extensão total de 259 quilómetros, avaliados em 3,6 milhões de dólares.

    Fonte: Angop.