O Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) vai começar a receber as propostas dos produtores para solicitação de financiamento, no âmbito do Plano Nacional de Fomento da Produção de Grãos "Planagrão”, anunciou, esta quinta-feita, em Luanda, o secretário de Estado para a Economia, Ivan Marques dos Santos.
O Planagrão, a ser operacionalizado até 2027, está orçado em 2.8 biliões, cujos eixos de implementação são Governance, legislação, banco de terras, delimitação, loteamento, cronograma das infra-estruturas, financiamento, desembolso aos promotores, logística e a transformação.
O Plano Nacional de Fomento da Produção de Grãos prevê um investimento médio anual de cerca de 670 milhões de dólares para a produção de trigo, arroz, soja e milho, e cerca de 471 milhões de dólares anualmente para a construção e reabilitação de infra-estruturas de apoio ao sector produtivo e social.
Falando aos jornalistas, depois da reunião da comissão multissectorial, Ivan Marques dos Santos sublinhou que o BDA deverá responder aos produtores em 45 dias sobre o ponto de situação das propostas submetidas aos bancos.
Sem revelar o número de projectos-pilotos a serem beneficiados nesta primeira fase, disse que os produtores, com projectos bem concebidos, devem solicitar ao BDA créditos, dentro das boas práticas bancárias.
Adiantou que a taxa de juros para o Plano Nacional de Fomento da Produção de Grãos ronda os 7,5 por cento.
O secretário de Estado realça que vão continuar a trabalhar, com os governos provinciais e associações agropecuárias no sentido identificar e garantir a implementação do projecto para o benefício do Estado e dos próprios promotores.
Ivan Marques dos Santos assegurou existir recursos, dentro da estratégia de implementação, para que as "fazendas pilotos” comessem a operacionalizar o Planagrão. "Vamos, de forma programática, trabalhar com Ministério das Finanças, sem prejudicar o seu esforço, para que, de forma faseada, se trabalhe no sentido de mobilizar recursos para que os projectos-pilotos sejam aprovados, dentro da carteira de crédito do próprio banco, de modo que este ritual, a ser feito, não comprometa os limites de tesouraria que o Ministério das Finanças tem”, disse.
Fonte: Jornal de Angola.