A garantia foi dada pelo porta - voz da Comissão e director–geral adjunto do Instituto Nacional de Estatística (INE), no final da reunião de concertação orientada pelo ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Furtado.
Sobre o processo, que arranca nos próximos dias e abrange sete províncias e 14 comunas do país, Hernany Luís avançou que o INE conta com uma equipa reforçada de 570 cartógrafos, 114 motoristas, entre outros serviços que estarão ao dispor para assegurar a operação e a actualização cartográfica.
Para o desafio que inicia em menos de 20 dias, salientou que o contingente necessário de recenseadores não será muito grande. Para a grande operação, disse, referindo-se ao Censo Geral 2024, o INE vai precisar de um número significativo de recenseadores.
Confrontado sobre o total de agentes necessários para o Censo Geral - 2024, Hernany Luís esclareceu que o Censo Piloto vai definir o grosso de agentes que deverão ser recrutados.
O Censo vai permitir recolher informações de índole sócio demográfica, económica, variáveis estas que só um Censo pode recolher e um inquérito muito específico não consegue, sublinhou.
Acrescentou, também, que com o Censo será possível fazer o levantamento do parque habitacional do país, com destaque para as habitações verticais e horizontais e residências horizontais, tendo considerado questões muito diversificadas e robustas para enriquecer o acervo estatístico nacional.
Hernany Luís reforçou que outras questões como de Saúde, vão também constar do Censo. "Teremos um Censo do ponto de vista de informação muito rico e completo”.
O director-geral adjunto do INE fez saber que até ao momento foram realizadas inúmeras tarefas e cada departamento ministerial tem obrigações muito específicas, desde os meios de transportes disponíveis, e aqueles que poderão ser necessários para agregar na operação, recrutamento de cartógrafos e motoristas, bem como a avaliação permanente do questionário que vai ser submetido à população.
Fundo das Nações Unidas para a População promete ajuda técnica e logística ao país
O representante do Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP) prometeu apoiar Angola do ponto de vista técnico e logístico, durante todo o processo do Censo Populacional, em Julho do próximo ano, que vai permitir saber o número de habitantes e as características socioculturais de cada grupo, com a respectiva faixa etária.
Mady Biaye fez esses pronunciamentos durante a Consulta Pública realizada, ontem, pelo Instituto Nacional de Estatística, cujo tema central foi "O Recenseamento Geral da População e Habitação”.
"Somos parceiros-chave do Instituto Nacional de Estatística e do Governo de Angola, na implementação do Censo Populacional. O Fundo das Nações Unidas para a População é o organismo que normalmente cobre este tipo de actividade, por isso, trabalhamos juntos com o INE, de forma a garantir todo o apoio técnico e logístico para que o processo decorra na normalidade”, disse.
Para esse processo, assegurou, estão acauteladas as condições humanas e tecnológicas que vão viabilizar a execução do registo demográfico em todo o território nacional.
Dados históricos
Em 1983, houve uma tentativa de realização do primeiro Censo Populacional de Angola Independente, mas, este fracassou, devido ao contexto político na época. 21 Anos depois, em 2014, foi possível conhecer a população total, que era de 24 milhões de habitantes, conforme os dados fornecidos pelo INE.
Participaram do encontro os secretários de Estado da Comunicação Social, Nuno Caldas, do MAT, Márcio Daniel, do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, Celeste Januário, entre outras individualidades.
Fonte: Angop.