A informação foi avançada pela ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, nesta quinta-feira, em Luanda, quando discursava na abertura da apresentação do estudo "Banca em Análise 2023” da consultora Deloitte.
Segundo a ministra, essa possibilidade visa tirar proveito da avaliação positiva que se mantém da capacidade de satisfazer os compromissos relacionados com a dívida soberana nas actuais condições do mercado financeiro internacional.
Contudo, e sob a garantia de que o Estado não se vai financiar a qualquer custo, a ministra das Finanças voltou a lembrar que o Governo se mantém empenhado em melhorar o perfil da dívida e em reduzir o seu custo, mediante a contratação preferencial de financiamento concessionais (crédito no âmbito da ajuda ao desenvolvimento e que é feito a taxas de juro mais baixas do que as praticadas pelas instituições financeiras comerciais), com maturidades mais longas, que permitem colocar o país a salvo de novos picos de pressão sobre o Tesouro Nacional.
A ministra das Finanças fez questão de voltar lembrar que o Governo está em condições de assegurar os compromissos financeiros elementares do Estado, bem como aqueles que decorrem dos programas sociais de apoio aos mais carenciados, que serão mantidos e reforçados, para além dos apoios a serem canalizados para os produtores, através do reforço e capitalização dos diversos fundos de fomento, tendo em vista o incremento da produção nacional.
"A aposta no equilíbrio das contas públicas é para manter, porque só desse modo será possível melhorar o perfil do risco soberano, contribuindo para a redução dos custos de financiamento em mercado e, de uma forma geral, promovendo uma maior resiliência a choques económicos e financeiros adversos”, disse.
Os títulos ESG ou títulos sustentáveis são instrumentos que captam recursosexclusivamente para financiar uma combinação de projectos ambientais e sociais.