O facto foi expresso pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Andrii Sybiha, em declarações à imprensa, à saída de uma audiência concedida pelo Presidente da República, João Lourenço.
Angola defende o fim da guerra contra a Ucrânia, através de negociações que respeitem os princípios da Independência e Soberania dos Estados, em linha com o Direito Internacional e a Carta das Nações Unidas.
Neste sentido, o governante ucraniano agradeceu, em nome do seu Governo, a posição de Angola, e também reconheceu os esforços empreendidos pelo Governo angolano na busca de soluções que visam contribuir para a paz a nível do continente africano.
"Precisamos de paz que seja duradoura e justa. Por isso, foi realizada a primeira Cimeira Internacional da paz e neste momento estamos a organizar a segunda ronda, onde pretendemos convidar a parte russa a participar, e neste sentido, precisamos de apoio de vários países tal como o de Angola”, exprimiu.
A guerra na Ucrânia, sobretudo a grande invasão começou em 24 de Fevereiro de 2022.
No entanto, o conflito entre a Ucrânia e a Rússia tem raízes mais antigas, principalmente desde 2014, quando a Rússia anexou a Crimeia e começou a apoiar separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia, nas regiões de Donetsk e Luhansk.
Consequências do conflito
A crise humanitária na sequência da invasão resultou em uma das maiores crises da Europa desde a Segunda Guerra Mundial, com milhões de ucranianos deslocados internamente ou refugiados em países vizinhos, como a Polônia e a Moldávia.
Cooperação bilateral
No quadro da cooperação bilateral, Andrii Sybiha manifestou a vontade do seu governo reforçar as relações nos sectores da agricultura, educação e defesa.
O chefe da diplomacia ucraniana abordou com o Chefe de Estado aspectos ligados ao reforço da cooperação, numa altura em que os dois países celebram 30 anos do estabelecimento das relações diplomáticas.
"Devo recordar que Angola e Ucrânia sempre tiveram laços históricos bastante próximos, entre povos, e por isso, neste momento queremos trabalhar no sentido de abrir nova página nas relações entre os dois países”, afirmou.
Fonte: Angop.