Esses investimentos visam criar as condições para que os angolanos não tenham mais necessidade de viajar para o estrangeiro em busca de assistência médica especializada.
Em Outubro de 2020, por exemplo, após o incêndio que destruiu completamente a área de cirurgia e o posto de armazenamento de oxigénio do Hospital Geral de Ondjiva (HGO), o Executivo deu sinais de que o seu compromisso com a Saúde era irreversível, investindo na ampliação e modernização da unidade sanitária.
Construído em 1934, o HGO era, até então, o maior hospital na província do Cunene, com 250 camas para o internamento de pacientes.
O incêndio deflagrou, por volta das 22h00, com origem num curto-circuito no equipamento instalado, no telhado do bloco operatório, que fez explodir as botijas de oxigénio.
Desde então, os serviços do HGO e os 200 pacientes que nele se encontravam internados foram transferidos para o Hospital Municipal do Cuanhama, com capacidade para 70 camas, no bairro do Ekuma, arredores de Ondjiva.
A ocorrência dificultou em grande medida a assistência dos pacientes, por se tratar da única unidade de referência na região.
Em Maio de 2021, iniciaram-se as obras da construção de raíz de um novo hospital geral, com os padrões modernos, numa área de 60 mil metros quadrados.
A empreitada viria a durar cerca de três anos, custando aos cofres do Estado 52 milhões de euros, incluindo o apetrechamento (um euro equivale a 944 kwanzas).
A sua conclusão representa, para o gáudio da população do Cunene, o devolver de um novo estabelecimento hospitalar com dimensões próximas ou superiores às da unidade consumida pelo incêndio.
Com o novo hospital, a província passa a dispor de serviços especiais nas áreas de hemodiálise, psiquiatria, endoscopia, biologia, pediatria, obstetrícia, oftalmologia, estomatologia e pequenas cirurgias, entre outros.
É, certamente, um forte alívio para o cidadão comum, que, mesmo com parcos recursos, era obrigado a deslocar-se à vizinha Namíbia, em busca de serviços especializados.
Com o mesmo propósito, os habitantes do Cunene sem quaisquer condições financeiras para ir à Namíbia também viam-se obrigados a viajar para outros pontos do país, com realce para as províncias de Luanda, Huíla e Benguela.
Por isso, a entrada em funcionamento do novo HGO não só vai melhorar a qualidade dos serviços como também ajudará os cidadãos a poupar recursos antes gastos em viagens e tratamentos no exterior e noutros pontos do país.
A entrada em funcionamento desta unidade, não só vai melhorar a qualidade dos serviços, como ajudar os cidadãos a economizar os recursos financeiros antes gastos em viagens, estadia e tratamentos no exterior e noutros pontos do país.
Já à disposição da população, o hospital dispõe de 26 blocos, quatro unidades de internamento, igual número de blocos operatórios, salas de hemodiálises com 12 cadeiras, banco de sangue, internamento psiquiátrico e oito residências para médicos.
A unidade conta com sete naves ligado ao internamento, pediatria, maternidade, bloco operatório, banco de urgência, laboratório de microbiologia, sala de Tomografia Axial Computorizada (TAC), farmácia e salas de espera.
A província passa a contar, agora, com 158 unidades sanitárias, sendo um hospital geral, um da Missão Católica do Chiulo e seis municipais bem como 107 postos de saúde e 43 centros de saúde.
O Cunene tem uma população estimada em um milhão, 17 mil e 491 habitantes, distribuídos por seis municípios (Cuanhama, Ombadja, Namacunde, Cuvelai, Cahama e Curoca).
Fonte: Angop