O líder parlamentar, que falava à imprensa após dissertar numa palestra realizada na Universidade Católica de Angola (UCAN), com o tema "Angola e Portugal - Duas Libertações Interligadas”, disse que os dois parlamentos colaboram no quadro do Grupo Parlamentar da Amizade existente nas duas assembleias, no contexto da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em que têm concertado posições, considerando que é "sempre bastante fácil” fazer valer o papel dos dois países.
Augusto Santos Silva enfatizou o contributo das duas nações para a resolução de conflitos, diferendos e estabilização regional, onde ambos os países estão sempre a favor da paz e segurança no mundo.
"Portugal e Angola são hoje dois países que estão do lado da paz e da segurança. São países que contribuem muito para a solução pacífica de conflitos, diferendos e para a estabilização regional”, realçou, salientando que o papel de estabilização que Angola tem, actualmente, na África Central, Austral e na região dos Grandes Lagos, é uma evidência para qualquer observador.
Sobre a 147ª Assembleia-Geral da União Interparlamentar, afirmou que o evento vai permitir aos delegados apresentarem a importância dos parlamentos, independentemente do regime, parlamentarista ou presidencialista, na legislação, no acompanhamento da administração, bem como na representação plural dos cidadãos.
Augusto Santos Silva referiu que o encontro é uma oportunidade para os parlamentares reflectirem sobre os conflitos existentes em várias regiões do mundo e, consequentemente, deixar um apelo à paz.
"Nós temos muito orgulho no mandato que agora termina do deputado Duarte Pacheco, presidente da União Interparlamentar (UIP), e apoiaremos a proposta de Timor-Leste para que se estude a utilização do português como língua de trabalho também na UIP”, apontou.
Relativamente à realização da 147ª Assembleia da UIP em Angola, mencionou que "representa um sucesso” para toda a CPLP, porém "ainda é mais importante mostrar como representa o crescente protagonismo internacional e o respeito de que beneficia a República de Angola, hoje, no mundo”.
O presidente da Assembleia da República Portuguesa considerou importantes os momentos de diálogo com académicos e estudantes, pois permite conhecer melhor as realidades que tem visitado e assim ter um "diálogo franco” sobre questões de interesse comum.
De acordo com Augusto Santos Silva, é um convite para olhar nos dois próximos anos, 2024 e 2025, como anos muito importantes, uma vez que Portugal comemorará 50 anos de libertação da ditadura e, igualmente, Angola celebrará os 50 anos de independência.
Fonte: Jornal de Angola.