Mais de 12 mil famílias vulneráveis dos municípios de Nambuangongo, Bula Atumba e Dembos, na província do Bengo, receberam financiamento no quadro do programa de transferências monetárias Kwenda, anunciou o director do Instituto de Desenvolvimento Local.

Alexandre Luís Domingos, que falava em declarações ao Jornal de Angola, disse que dos três municípios onde o programa está a ser implementado, já foram cadastradas cerca de 16.367 famílias, nomeadamente 3.237 nos Dembos, 2.924 em Bula Atumba e 10.206 agregados em Nambuangongo.

Segundo o dirigente, das famílias cadastradas, 7.959 receberam financiamento em Nambuangongo, 2.171 em Bula Atumba e nos Dembos 2.721. No total, as famílias dos três municípios do Bengo já beneficiaram do financiamento do Programa Kwenda, num valor correspondente a seis meses, à razão de 8.500 kwanzas por mês.

Mais de 670 milhões de kwanzas foram investidos, até agora, na província do Bengo, para melhorar as condições das famílias vulneráveis nos municípios de Nambuangongo, Bula Atumba e Dembos, através do Programa Kwenda, anunciou o director provincial do Instituto de Desenvolvimento Local.

De acordo com Alexandre Luís Domingos, como parte das medidas de mitigação dos efeitos do aumento do preço do combustível, em particular da gasolina, o Programa Kwenda propõe ampliar o valor mensal para cada família, passando dos 8.500 kwanzas para 11.000 kwanzas.

Testemunho das famílias

No município dos Dembos, Adão Gaspar, de 55 anos, com três filhos a trabalharem no cultivo de mandioca e banana, afirmou que com o dinheiro do Kwenda conseguiu comprar mais chapas para concluir as obras da casa onde habita e aumentar a reserva de sementes. O camponês confidenciou que já pensa em apostar no café.

"Desde que comecei a receber o apoio do Kwenda, sinto melhorias das minhas condições, comprei mais sementes para experimentar o cultivo de outros produtos”, disse.

Maria Mongue, outra beneficiária do Kwenda, referiu que aumentou o número de animais para criação, tendo multiplicado as vendas de porcos e galinhas. "Espero que o programa não pare por aqui e ajudem outras famílias”, apelou.

O director provincial do Instituto de Desenvolvimento Local, Alexandre Domingos, referiu que é visível a melhoria das condições de vida das populações e que a educação financeira tem contribuído para que as famílias façam poupança e melhorem a produção.

"Temos constatado alguns avanços destas famílias, em particular no que diz respeito à literacia financeira, educação de como cuidar desses valores e eles têm estado a utilizar naquilo que é necessário. Temos exemplos de famílias que já compraram chapas, animais para reprodução e outros que estão engajados na agricultura”, assegurou.

Fonte: Jornal de Angola.