Foram, essencialmente, beneficiados idosos, deficientes visuais, diminuídos físicos, diabéticos, pessoas que sofrem de insuficiência renal crónica, anemia falciforme, cancro e albinismo. Entre os beneficiados, foram contempladas 76 pessoas do sexo feminino e 52 masculino, todos residentes na localidade do Yabi. A agricultura é a principal actividade de renda da população.
O director provincial do Instituto de Desenvolvimento Local (FAS), Daniel Mujinga, avançou que se trata da continuação do projecto "Kwenda Urbano” para contemplar, de igual modo, cidadãos residentes nas zonas urbanas da província de Cabinda.
Francisco Casimiro é um dos beneficiários, deficiente físico, disse que vai investir o dinheiro na lavra, socorrendo-se do auxílio de máquinas para mecanizar a terra, assim como comprar sementes no sentido de ampliar a produção.
O camponês admitiu que o Programa Kwenda tem estado a contribuir na redução de algumas necessidades, sobretudo, das pessoas mais carenciadas, argumentando que nunca pensou que o Kwenda chegasse algum dia à localidade do Yabi: "Eu pensava que o dinheiro do Kwenda só servia para uns e outros não. Mas agora estou a ver que é mesmo para todos”.
O projecto "Kwenda Urbano”, lançado a 24 de Novembro último, já contemplou os cidadãos das zonas do Subantando, Tando-Zinze, Caio Litoral, Chiazi, Mbuco e Vala, na cidade de Cabinda.
O próximo passo, segundo Daniel Mujinga, será na comuna de Malembo, hoje e amanhã, com o encerramento do processo.
Via de acesso
O soba local Majeroni André apelou às autoridades para que reabilitem a principal via que liga o bairro São Pedro até Yabi, pois esta estrada tem provocado constrangimentos aos habitantes, sobretudo, na transportação de bens e produtos.
O povo do Yabi, acrescentou o soba, vive essencialmente da Agricultura e tem-se deparado com dificuldades para levar os produtos aos principais mercados da cidade de Cabinda: "Estamos a pedir ao Governo a intervenção urgente na estrada”.
A governadora de Cabinda, Mara Quiosa, afirmou, ontem, que a questão da construção da estrada está salvaguardada, argumentando que a obra consta do pacote dos 295 quilómetros de malha rodoviária a ser intervencionada nos próximos tempos na província.
Mara Quiosa anunciou que a obra está a cargo da empresa Mota Engil/Angola e "dentro de poucos dias os trabalhos terão início”, apelando à população da localidade do Yabi, composta por cinco aldeias (Cabelombo, Chipita, Nkete, Centro e Ngazi) para ter calma e ser confiante em "dias melhores”.
Fonte:Jornal de Angola.