Na mesma cerimónia, realizada no Centro de Imprensa da Presidência da República (CIPRA), foi igualmente empossado o brigadeiro Deolindo Quipuno, no cargo de director do Gabinete de Informação e Análise do Serviço de Inteligência e Segurança Militar.
Na ocasião, o ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República disse que os órgãos de Defesa e Segurança do país estão em fase de reestruturação e rejuvenescimento, e buscam a meritocracia entre os seus quadros.
O momento é crítico, segundo Francisco Furtado, e exige avaliações criteriosas e confiança dos avaliados para desempenharem funções que não só valorizem as instituições a que pertencem, mas também promovam o nome e a bandeira do país.
Ao dirigir-se ao brigadeiro Daniel Raimundo Savihemba, o ministro de Estado destacou o seu perfil e trajectória militar, já reconhecidos anteriormente quando assumiu o cargo de 2º comandante do referido Mecanismo, bem como a sua responsabilidade e desempenho nesta missão, que poderá determinar a posição de Angola no processo de pacificação da região.
"A presente nomeação, em menos de um mês, representa a nossa confiança e a de Sua Excelência, o Presidente da República e Comandante-Em-Chefe das FAA, na qualidade de Mediador do Processo de Paz do conflito armado existente no Leste da RDC entre o Governo legítimo e as forças do M23, dada a importância do Mecanismo de Verificação”, disse Francisco Furtado.
Na ocasião, sublinhou ainda que o Mecanismo de Verificação Ad-Hoc impõe, entre outras missões fundamentais, manter contactos regulares com as Forças Armadas da República Democrática do Congo (FARDC) e com a liderança do M23, bem como assegurar o cumprimento dos acordos de paz e facilitar o apoio médico aos militares e seus dependentes.
A missão visa também o restabelecimento da confiança entre as partes envolvidas e o relançamento do diálogo entre as autoridades da República Democrática do Congo e da República do Ruanda.
"A República de Angola partilha uma vasta fronteira terrestre com a RDC, sendo que as consequências decorrentes da instabilidade naquele país têm, sem sombra de dúvidas, repercussões negativas para o nosso país, quiçá para a região em geral, dada a localização geoestratégica deste imenso país do continente africano”, acrescentou.
A ascensão de Deolindo Quipuno ao posto de brigadeiro e nomeação para director do Gabinete de Informação e Análise do Serviço de Inteligência e Segurança Militar foi considerada igualmente meritória pelo ministro de Estado, Francisco Furtado, tendo em conta o percurso profissional, que incluiu funções de alto nível, como consultor e adido adjunto da Chancelaria de Defesa junto da Embaixada de Angola em França.
Fonte: Portal Cipra.