Angola apoia a realização da Cimeira Africana sobre Fertilizantes e Saúde dos Solos, em Outubro deste ano, em Nairobi, República do Quénia, anunciou, em Kigali, o embaixador extraordinário e plenipotenciário da República de Angola acreditado na República Democrática Federal da Etiópia e representante permanente junto da União Africana e Comissão Económica da ONU para África, Miguel César Domingos Bembe.
Segundo uma nota de imprensa a que o Jornal de Angola teve acesso, o diplomata considerou a questão da soberania alimentar como um dos desafios gigantescos do continente africano.
Ao intervir, domingo, no último dia do Retiro do Comité dos Representantes Permanentes junto da União Africana (COREP), ocorrido de 8 a 11 do mês em curso, em Kigali, República do Rwanda, o embaixador angolano desejou êxitos para a Cimeira, a acontecer numa conjuntura em que os Estados-membros estão a reunir-se e a reconhecer que o financiamento da produção de fertilizantes e a gestão sustentável dos solos tendem a promover a produtividade agrícola e a segurança alimentar no continente.
Neste sentido, encorajou a Comissão da União Africana (CUA) a mobilizar os recursos necessários junto dos parceiros para a realização de tão importante evento.
Salientou que o Retiro de Kigali fez a apreciação dos resultados alcançados no processo de reforma das estruturas sede e do funcionamento da CUA e dos órgãos conexos.
O representante permanente junto da União Africana e Comunidade Económica para África, Miguel César Domingos Bembe, procedeu, igualmente, à análise do trabalho desenvolvido pelo Conselho de Paz e Segurança (CPS).
Destacou, também, o papel do referido órgão da União Africana (UA), sobretudo num momento em que as cinco regiões do continente enfrentam situações preocupantes de conflitos, terrorismo e, em alguns casos, atravessam por mudanças inconstitucionais de regime.
Realçou que o encontro avaliou ainda os mandatos exercidos por alguns órgãos da União Africana, tendo em conta a problemática da sobreposição e duplicação de competências.
Durante o fórum, foi recomendada a racionalização dos recursos humanos, financeiros e patrimoniais, a eliminação ou fusão de alguns órgãos, assim como a busca de vantagens comparativas para garantir eficácia e eficiência.
Por outro lado, o vice-presidente do Conselho Consultivo da UA Contra a Corrupção, Pascoal António Joaquim, que participou no referido Retiro, enfatizou a necessidade de se reapreciar a estrutura do órgão a que pertence, com vista a conferir a devida aptidão para o cumprimento da sua imperiosa missão.
O magistrado angolano defendeu a extensão do mandato do Conselho para permitir múltiplas realizações e encontrar soluções coerentes e duradouras.
Integraram a delegação angolana ao Retiro de quatro dias, em Kigali, o embaixador na República do Rwanda, Eduardo Filomeno Bárber Leiro Octávio, e diplomatas seniores da Missão Diplomática na Etiópia, país que alberga a sede da organização continental.
Fonte: Jornal de Angola