Segundo o documento, com o país a deter cerca de 27 triliões de pés cúbicos de gás natural e 7,8 mil milhões de barris de reservas de petróleo, e com a África Subsariana a representar uma das taxas de acesso à energia mais baixas a nível mundial, os desenvolvimentos no sector a jusante de Angola prometem novas oportunidades para os avanços na segurança energética, crescimento sócio-económico e industrialização, estimulando a transição energética por meio de combustíveis fósseis.
A instituição afirma ainda que, através da modernização e expansão das instalações existentes a jusante, bem como da construção de novas capacidades de refinação, Angola está bem posicionada para se tornar na principal fonte de produtos petrolíferos da região.
Na sequência da modernização e expansão da Refinaria de Luanda, única refinaria em operação em Angola, de 100.000 toneladas para 450.000 toneladas de gasolina por ano em 2022, o país iniciou três novos projectos que visam aumentar ainda mais a capacidade da sua refinaria para atender tanto a procura local, como as necessidades regionais.
Esses desenvolvimentos incluem a construção da Refinaria de Cabinda (920 milhões de dólares) para processar 60 mil barris de petróleo bruto por dia, que está programada para iniciar em meados de 2024, a Refinaria do Lobito, para processar 200mil barris e que deve iniciar as operações em 2025, assim como a Refinaria do Soyo (3,5 mil milhões de dólares), para 100 mil barris/dia, que a ser concluída até ao final de 2023 começa a produzir em 2024, lê-se no documento. Com essas novas adições, prossegue o relatório, espera-se que Angola aumente significativamente a sua capacidade de refinação para abrir uma nova era de estabilidade do mercado regional de energia , independência e acessibilidade.
Infra-estruturas
Apoiado pela localização estratégica do país – que permite abastecer o mercado regional através de estradas, infra-estruturas de oleodutos e mar – o sector downstream de Angola tem um papel importante a desempenhar na capacitação do país para fornecer energia ao mercado regional.
Nesse sentido, aponta o documento, países como Botswana, Zâmbia, Zimbabwe e República Democrática do Congo têm a oportunidade de se beneficiar da energia do país por meio do desenvolvimento e uso de oleodutos, bem como de camiões, enquanto a África do Sul, Namíbia e Gabão podem explorar uma vasta rede de transportes marítimos. À medida que outros países vizinhos aproveitam o abastecimento de energia de Angola através de projectos de conectividade regional, uma nova era de segurança energética está à vista para a África Austral.
Fonte: Jornal de Angola.