Esta actividade, inicialmente vai ser desenvolvida nas quatro províncias do leste do país, nomeadamente, Moxico, Lunda Norte, Lunda Sul e Cuando Cubango, numa aérea de dois milhões de hectares, num custo global estimado em 1.6 mil milhões de kwanzas.
Para o efeito, o Executivo angolano, por via do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) e do Fundo Activo de Capital de Risco Angolano (Facra), vai financiar os produtores privados, nacionais e estrangeiros, no próximo quinquénio 2023/2027.
Neste sentido, o secretário de Estado adiantou que a partir do primeiro trimestre do 2023, os agricultores de grãos, interessados, poderão submeter os seus projectos ao BDA e ao Facra, por intermédio do gabinete técnico do Planagrão.
Num primeiro momento, explicou o responsável, os processos passarão pela unidade técnica do Planagrão, que procederá a avaliação da conformidade do projecto para, posteriormente, encaminhar ao banco.
O plano, assente em 10 eixos estruturantes, prevê que os interessados submetam as suas propostas sem limites de projectos e de montante creditício, isto é, que seja definido pela dimensão do projecto em causa.
Do global do montante para o financiamento (1.6 mil milhões de kwanzas), cerca de 1.5 milhões serão operacionalizados pelo BDA e o remanescente pelo FACRA.
Segundo o dirigente, o Planagrão vai contar com dois milhões de hectares para as quatro províncias e à medida que for estendido a outras localidades do país, proporcionalmente aumentará a aérea de actuação.
Segundo Ivan dos Santos, os objectivos do Planagrão, passam pelo fomento em grande escala da produção do trigo, do arroz da soja e do milho, a melhoria da produtividade e rentabilidade dos solos, o aumento de empresários agrícolas e o emprego, a promoção da cadeia de valor e garantir uma renda fixa aos produtores.
Igualmente consta dos objectivos, a capacitação científica dos agrónomos a produção de grãos e fertilizantes, contribuir para a diversificação das exportações, aumentar a resiliência de Angola para os choques externos, assim como a auto-suficiência alimentar do país.
Infra-estruturas da rede técnica e de transporte
Sobre as vias de comunicação - estradas, o secretário de Estado para a Economia disse que há uma conjugação com o Programa de Investimento Público (PIP) que vai efectuar a construção de 13 mil quilómetros de estrada, só no corredor destas quatro províncias piloto do Planagrão.
" Em cada espaço designado ao desenvolvimento do Planagrão, o Governo vai ligar o seu acesso até às estradas principais, num investimento público na ordem dos 1.1 mil milhões de kwanzas”, asseverou o responsável.
No mesmo sentido, o PIP vai construir as infra-estruturas da redes técnicas para distribuir energia e água até cada um dos produtores do Planagrão.