• Pr Consternado Com Morte De Sam Nujoma


    O Presidente da República, João Lourenço endereçou uma mensagem de condolências ao seu homólogo namibiano, Nangolo Mbumba, pela morte, sábado, do Pai da nação namibiana, Sam Nujoma.

    "Foi com profunda consternação que tomámos conhecimento da morte de Sua Excelência Samuel Shafiishuna Daniel Nujoma 'Sam Nujuma', antigo Presidente da República da Namíbia", escreve o Chefe de Estado, numa mensagem tornada pública este domingo.

    Perante este infausto acontecimento, João Lourenço apresentou em nome do Executivo angolano e no seu próprio, ao seu homólogo e ao povo namibianos, as mais sentidas condolências pelo passamento físico de "tão importante personalidade".

    Disse estar ciente do vazio irreparável que deixará no país, para o qual colocou todas as suas energias e experiência na edificação de uma nação forte, democrática e com bases sólidas no caminho do progresso, da prosperidade e bem-estar do povo namibiano.

    Considerou a experiência, os conhecimentos e a sagacidade de Nujoma como fundamentais para que, a nível da SADC, se impulsionassem as iniciativas que ajudaram a dinamizar a instituição e a reforçar o seu papel catalisador de integração regional e do desenvolvimento da zona austral do continente.

    "Peço à Vossa Excelência que estenda os meus sentimentos de pesar à família enlutada, aos amigos do malogrado e ao povo namibiano. Nesta hora de dor e luto para a Vossa nação, queira aceitar, Excelência, a expressão dos meus sentimentos de solidariedade”, exprime o Presidente angolano.

    A morte de Sam Nujoma, de 95 anos, ocorrida sábado por doença, foi anunciada este domingo pelo Presidente da Namíbia, Nangola Mbumba.

    Nascido a 12 de Maio de 1929, no seio de uma família de agricultores, Sam Nujoma era o mais velho de 10 filhos. Aos 17 anos deixou a remota aldeia do norte onde vivia para se mudar para a cidade portuária ocidental de Walvis Bay.

    Cedo percebeu a discriminação contra os negros e depressa tornou-se sindicalista, frequentando aulas nocturnas, onde conheceu activistas pró-Independência.

    Forçado a exilar-se em 1960, primeiro no Botswana, depois no Ghana e nos Estados Unidos, teve de deixar para trás a mulher e quatro filhos.

    À frente da Organização dos Povos do Sudoeste de Africa (SWAPO), lançou a luta armada, em 1966. A guerra pela independência custou mais de 20 mil vidas.

    Quando se tornou Presidente, Sam Nujoma recusou-se a criar uma comissão para examinar as atrocidades cometidas durante os 23 anos de conflito entre a SWAPO e os esquadrões da morte pró-sul-africanos.

    Depois de se retirar da vida política, regressou à escola e obteve um mestrado em Geologia, convencido de que as montanhas da Namíbia estavam cheias de riquezas minerais inexploradas.

    Fonte: Angop.