Orçado em cerca de 70 milhões de dólares, o centro insere-se na estratégia do Executivo angolano de dotar a Marinha de Guerra Angolana (MGA) de meios modernos, para melhor responder aos desafios do sector, incluindo na protecção da Zona Económica Marítima Exclusiva do país, de cerca de 200 milhas náuticas.
O Centro Nacional de Coordenação e Vigilância Marítima foi edificado numa área total de 32 hectares, incluindo o espaço reservado para a sua expansão, e situa-se na Estrada Nacional (EN) 100, no bairro Ramiros, município de Belas, a nove quilómetros da Barra do Cuanza.
A infra-estrutura, cuja obra foi consignada em Setembro de 2019 e que deveria ser entregue em Dezembro de 2020, contempla sala de operações, edifício administrativo, posto médio, refeitório, ginásio, dormitório e arruamentos.
Vai trabalhar em coordenação com os centros do Soyo, província do Zaire, Lobito (Benguela) e Namibe, localizados ao longo da costa marítima angolana.
A costa marítima angolana é de mil 650 quilómetros, de norte a sul, banhada pelo Oceano Atlântico.
Na última visita realizada ao local, o Presidente João Lourenço ressaltou a importância estratégica da infra-estrutura, que será responsável por monitorizar 24/24 horas todos os movimentos nas águas territoriais angolanas.
Enfatizou, na ocasião, que os centros de vigilância serão os "olhos" da Marinha de Guerra Angolana, fornecendo informações sobre embarcações de pesca, pesca ilegal, navios da Marinha Mercante e outros que navegam nas águas nacionais.
O Centro de Coordenação e Vigilância Marítima desempenhará um papel estratégico na protecção das águas territoriais angolanas e contribuirá para a segurança marítima do país, em coordenação com outros centros, para recolher informações e fornecê-las às embarcações em caso de necessidade de intervenção.
Fonte:Angop.