• Presidente João Lourenço discursa amanhã na 78.ª Assembleia da OMS


    O Presidente da República e da União Africana, João Lourenço, discursa, amanhã, no Palácio das Nações, em Genebra, Suíça, na 78ª Assembleia da Organização Mundial da Saúde (OMS).

    O líder da organização continental, que desembarca hoje em Genebra, participa no mediático evento, de acordo com o secretário do Presidente da República para os Assuntos de Comunicação Institucional e Imprensa, Luís Fernando, como convidado de honra do director-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus.

    A reunião, que começa hoje e vai até ao dia 27 deste mês, decorre sob o lema “Um mundo pela saúde”, durante a qual os Estados-membros da OMS vão abordar vários temas globais sobre a saúde, além de assinalar a assinatura do Acordo Histórico sobre a Prevenção, Preparação e Resposta a Pandemias, que vinha sendo preparado e discutido há quatro anos.

    A agenda do evento inscreve, ainda, a discussão sobre o financiamento sustentável da OMS, que visa considerar a proposta de um orçamento programado para 20 por cento nas quotas de filiação para o exercício económico 2026-2027.

    Temas como a resistência anti-microbiana, emergências de saúde, força de trabalho em saúde e assistência, preparação, poliomielite, mudanças climáticas e conexão social, assim como determinantes da saúde deverão dominar, também, a reunião anual da organização das Nações Unidas especializada em saúde.

    Ontem, durante a sessão do Comité Regional, os Estados-membros elegeram o novo director regional da OMS para África, o tanzaniano Faustine Engelbert Ndugulile, designado para assumir o cargo nos próximos cinco anos.

    O maior encontro de profissionais da área da Saúde vai juntar, em Genebra, além de líderes políticos, parceiros multissectoriais da OMS, devendo abordar como temas centrais a protecção, salvaguarda e investimento nos recursos humanos e cuidados de saúde.

    Desafios da organização
    O objectivo da reunião, de acordo com dados divulgados pela imprensa local, é proporcionar um momento para discutir os temas centrais da agenda da saúde mundial.

    As metas dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) ainda por atingir, os resultados da saúde mundial e a esperança média de vida da população, segundo dados da OMS, estão a regredir.

    Tal situação, segundo a Organização Mundial da Saúde, deve-se ao facto de os sistemas de saúde estarem dependentes da disponibilidade, acessibilidade e qualidade dos profissionais do sector.

    A escassez crónica de recursos humanos, o subinvestimento na sua formação, assim como a baixa remuneração e a inadequação entre estratégias de educação e emprego estão a gerar novos desafios.

    Os últimos números mostram que cerca de metade dos trabalhadores da área da Saúde, que já se sentiam sobrecarregados e subvalorizados, sofreram um esgotamento devido aos enormes encargos adicionais que lhes foram impostos, sobretudo durante a pandemia da Covid-19.

    Passados mais de sete anos desde a adopção da Estratégia Global sobre Recursos Humanos para a Saúde (Workforce 2030), a reunião prevê fornecer actualizações sobre os progressos na sua implementação e partilhar evidências e casos de sucesso, assim como oportunidades para o futuro.

    Da mesma forma, a Assembleia da OMS prevê examinar as soluções políticas, investimentos e parcerias multissectoriais necessárias para enfrentar os desafios da saúde e promover avanços dos sistemas no sentido da cobertura universal e segurança sanitária.

    A OMS recomenda que os países garantam a formação de profissionais de saúde, permitindo que estes representem entre 8 e 12 por cento da força de trabalho activa por ano.

    A reunião deve dedicar, ainda, especial atenção ao investimento e financiamento de recursos humanos no sector da Saúde, como premissa para a expansão da educação e do emprego.

    Fonte:Jornal de Angola.