O Presidente da República, João Lourenço, deixou, nos últimos dias, de mediar o conflito RDC/Rwanda, na sequência da sua assunção da presidência da União Africana (UA).
A decisão saiu da cúpula conjunta dos Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e da Comunidade da África Oriental (EAC), realizada no dia 8 deste mês, em Dar es Salaam, que fundiu os processos de Luanda e Nairobi, agora denominado EAC-SADC.
Neste sentido, segundo um documento tornado público esta terça-feira, a cúpula indicou os ex-presidentes do Quénia, Uhuro Kenyatta, da Nigéria, Olusegun Obasanjo, e o ex-primeiro-ministro da Etiópia, Hailemarian Desalegn Boshe, como facilitatores do processo de paz EAC-SADC.
A Cúpula Conjunta dos Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e da Comunidade da África Oriental (EAC) (doravante denominada Cúpula Conjunta) e co-presidida pelos presidentes do Zimbabwe e da SADC, Emmerson Mangagwa, e pelo Presidente do Quénia e da EAC, Willian Ruto.
Reuniões Preparatórias dos Chefes de Forças de Defesa (CDFs) da EAC dos Estados Parceiros da EAC foram realizadas em Nairóbi em 21 de Fevereiro, para discutir a situação de segurança em andamento no leste da República Democrática do Congo (RDC).
A reunião dos Chefe das Forças de Defesa da SADC sobre o mesmo assunto também foi convocada em Dar es Salaam, Tanzânia.
Antes do encontro da EAC, o Grupo de Trabalho de Especialistas em Defesa realizou dois dias de discussões sobre a situação na RDC.
O evento foi guiado por seis directrizes principais: cessar-fogo imediato e incondicional e cessação de hostilidades; fornecimento de assistência humanitária; abertura das principais rotas de abastecimento; desenvolvimento de um plano de segurança para Goma e áreas vizinhas; reabertura imediata do Aeroporto de Goma e aconselhamento sobre outras intervenções facilitadoras.
Considerando os desenvolvimentos acima, todos os actores são instados a observar o cessar-fogo anunciado pela Cúpula EAC-SADC, e o M23 e todos os outros envolvidos são chamados a cessar quaisquer novos avanços na RDC e a observar e respeitar um cessar-fogo imediato.
Fonte: Angop.