Em declarações à imprensa, no final do encontro, o alto funcionário ao serviço da ONU afirmou que Angola, no âmbito da implementação do Roteiro de Luanda para a pacificação da RDC é um parceiro de grande importância.
"Falamos também da iniciativa de Angola desdobrar um contingente militar das Forças Armadas Angolanas (FAA) neste país, com o fim de supervisionar o acantonamento dos elementos do grupo armado M-23”, disse Jean-Pierre Lacroix, tendo considerado a iniciativa muito positiva.
A RDC é um país membro da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL) e vive actualmente um conflito armado motivado por divergências política que tem ceifado vítimas humanas e criado um número indeterminado de refugiados para países vizinhos.
Neste contexto, a mediação angolana do conflito no Leste da RDC, na qualidade de Presidente da CIRGL, resultou num acordo de cessar-fogo, desde 7 de Março último.
Deste modo, Angola tem previsto o envio de um contingente de 500 soldados das FAA para a RDC no apoio ao processo de manutenção da paz, que deverá permanecer nesse país durante 12 meses, integrado por um batalhão e respectivos componentes.
Neste contexto, disse que as Nações Unidas estão disponíveis em contribuir para que se criem as condições necessárias no sentido do desdobramento do contingente militar angolano.
Jean-Pierre Lacroix explicou ainda que o momento serviu também para abordar o projecto sobre o aumento da contribuição de Angola nas operações de manutenção de paz da ONU.
"É uma perspectiva que muito nos interessa. Temos o interesse que Angola possa contribuir com capacidade militar e estamos a discutir várias opções com as autoridades militares e diplomáticas do país para este fim”, sublinhou.
Fundada em Outubro de 1945, a ONU é uma organização intergovernamental criada para promover e manter a paz e a segurança internacionais e desenvolver relações amistosas entre as Nações.
Fonte:Angop.