Segundo o Chefe de Estado timorense, que falava na Academia de Ciências Policiais, a Polícia da República de Timor-Leste está a entrar numa fase decisiva, pragmática (prática) e inteligente, em função das estratégias da actual República e em prol da segurança e bem-estar dos cidadãos.
José Ramos-Horta ressaltou que actualmente, a Austrália, Portugal, Coreia do Sul e o Brasil têm dado um grande contributo para a modernização da polícia timorense, um acto que nos próximos tempos quer contar com a participação de formadores angolanos, nos mais variados níveis.
O Presidente José Ramos-Horta manifestou o interesse em ver instrutores e professores do Instituto Superior de Ciências Policiais e Criminais "Osvaldo de Jesus Serra Van-Dúnem" a formar agentes timorenses.
José Ramos-Horta, ao intervir no auditório do Instituto Superior de Ciências Policiais e Criminais, após ter visitado as instalações daquela instituição académica, disse que o seu país tem todo o interesse em ver instrutores e professores angolanos a leccionar em escolas de Timor-Leste.
De acordo com o Chefe de Estado timorense, torna-se mais prático e produtivo os instrutores e professores angolanos deslocarem-se a Timor-Leste, onde poderão formar muitos mais agentes do que o seu país enviar para Angola seis ou sete estudantes.
No quadro do reforço da parceria com o Instituto Superior de Ciências Policiais e Criminais, o Presidente de Timor-Leste sugeriu ao Ministério do Interior para fornecer instrutores e professores para as distintas escolas timorenses.
Em relação à Imagem do país no mundo, José Ramos-Horta referiu, sem exagerar, que Angola ganhou um grande prestígio internacional, por reiteradas vezes falar sobre a necessidade de reformar o Conselho de Segurança das Nações Unidas e da pacificação da Região Austral de África e dos Grandes Lagos.
Na visão do Presidente de Timor-Leste, Angola é um potencial membro permanente para o Conselho de Segurança das Nações Unidas, tendo em conta as várias transformações que se observam no país, bem como o papel que tem desempenhado a nível regional e do continente africano.
O director-geral do Instituto Superior de Ciências Policiais e Criminais disse que a visita do Presidente timorense às instalações da instituição visou também conhecer a estrutura orgânica e funcional daquele estabelecimento de ensino superior, bem como da grande responsabilidade que tem na formação de oficiais policiais.
José Ramos-Horta, no encontro mantido com a comunidade académica, frisou o director-geral, passou uma mensagem de conforto e de coragem aos cadetes, deixando claramente o interesse em poder trocar experiências e contar com a cooperação angolana na formação dos agentes do seu país.
Em função do interesse manifestado pelo Presidente José Ramos-Horta em cooperar no segmento da formação, o director-geral Instituto Superior de Ciências Policiais e Criminais "Osvaldo de Jesus Serra Van-Dúnem" referiu que os próximos passos vão ser dados tão logo as condições estejam criadas para o arranque do processo.
Andrewyong Inaculo informou que o Instituto Superior de Ciências Policiais e Criminais "Osvaldo de Jesus Serra Van-Dúnem" já formou vários contingentes da Polícia Nacional de Cabo Verde, de São Tomé e Príncipe, da Zâmbia, da África do Sul e da Namíbia.
O Instituto Superior de Ciências Policiais e Criminais "Osvaldo de Jesus Serra Van-Dúnem", frisou Andrewyong Inaculo, tem cursos de licenciatura em Ciências Policiais e Criminais, Direito e em Gestão Administrativa Policial.
Em relação aos cursos de Pós-graduação, o Instituto oferece formação em Criminologia e Segurança Pública. A nível de formação policial na região Austral, frisou Andrewyong Inaculo, Angola desempenha um papel fundamental na troca de experiências entre os Estados-membros.
A visita do Presidente timorense às instalações do Instituto Superior de Ciências Policiais e Criminais "Osvaldo de Jesus Serra Van-Dúnem" foi acompanhada pelo ministro das Relações Exteriores, Téte António, do secretário de Estado do Interior, José Paulino da Cunha, e do comandante-geral da Polícia Nacional, comissário-geral Arnaldo Carlos.
Fonte: Jornal de Angola.