Trata-se da primeira interacção oficial entre os dois chefes de diplomacia desde a nomeação do diplomata norte-americano para o cargo.
O diálogo centrou-se em temas de interesse bilateral, regional e multilateral, com vista à consolidação e ao aprofundamento das relações bilaterais entre Angola e os Estados Unidos da América, que têm registado progressos notáveis, nos últimos anos.
No plano regional, as duas entidades abordaram a situação de instabilidade que prevalece no Leste da República Democrática do Congo (RDC), onde o conflito entre este país e o vizinho Rwanda continua a comprometer a paz e a segurança na região dos Grandes Lagos.
Nesta conformidade, destacaram a necessidade de reforçar os esforços diplomáticos e adoptar medidas concretas para alcançar uma solução sustentável para a crise.
O secretário de Estado norte-americano reconheceu o papel fundamental de Angola na mediação dos conflitos na região e reiterou o apoio do Governo dos Estados Unidos à liderança angolana na busca da paz na RDC.
Como resultado do diálogo, as duas autoridades comprometeram-se a intensificar a cooperação diplomática entre os dois países, para fortalecer a coordenação no quadro dos mecanismos internacionais e regionais de resolução de conflitos.
As relações bilaterais entre Angola e os Estados Unidos têm evoluído significativamente ao longo das últimas décadas, caracterizadas por uma cooperação crescente em áreas como economia, segurança e cultura.
Após o reconhecimento formal do governo angolano pelos EUA em 1993, as relações entre os dois países fortaleceram-se progressivamente.
Durante a década de 1990, os EUA apoiaram os esforços de reconciliação nacional em Angola e promoveram laços económicos mais estreitos, sobretudo no sector petrolífero. Em 2009, foi assinado o Acordo-Quadro de Comércio e Investimento entre os dois países, visando promover um sistema de aviação internacional competitivo e reduzir a interferência governamental, facilitando o transporte aéreo internacional com segurança.
Este acordo estabelece direitos de sobrevoo e permanência, além de incentivar a concorrência justa entre as companhias aéreas de ambos os países.
Mais recentemente, em Dezembro de 2024, o então presidente dos EUA, Joe Biden, realizou uma visita histórica an Angola, a primeira de um Presidente Norte-americano ao país.
Durante a visita, foram abordados projectos de infraestrutura, como o Corredor do Lobito, uma ferrovia destinada a facilitar o transporte de minerais
críticos da República Democrática do Congo através de Angola até o porto do Lobito.
A colaboração na área de segurança também tem sido uma prioridade.
Em Abril de 2024, Angola e os EUA assinaram acordos nos sectores da aviação e defesa, incluindo um Acordo de Serviços Aéreos que estabelece direitos de sobrevoo e permanência, além de incentivar a concorrência justa entre as companhias aéreas dos dois países.
Fonte: Angop.