Em declarações à imprensa, a embaixadora da UE em Angola, Rosária Bento Pais, afirmou que a organização vai conferir maior dinâmica à operacionalização do consórcio Lobito Atlantic Railway para alcançar os desafios traçados.
"Estivemos agora no Huambo para lançar a primeira pedra e construir a plataforma logística para frutos tropicais e viemos ver in loco as potencialidades presentes no Porto do Lobito”, explicou.
Rosária Bento Pais esclareceu que, no âmbito da estratégia "Global Gateway" adoptada pela União Europeia, em 2021, o Corredor do Lobito e a Barra do Dande são tidos como dois importantes projectos.
A embaixadora preferiu não avançar, para já, montantes de investimentos devido ao facto dos projectos "estarem na fase de estudos de impacto e assistência técnica”.
" Existem boas perspectivas para que a intervenção nos diversos sectores identificados se realize”, avançou, sublinhando que "isto vai ajudar a criar um ambiente de negócios para que as empresas privadas possam intervir com mais capacidade e mais confiança para investir".
Por outro lado, Rosária Bento Pais recordou que, durante o fórum de negócios Angola/UE, que aconteceu a 17 de Novembro deste ano, foi assinado um acordo sobre desenvolvimento sustentável que permitirá que Angola, a partir de agora, garanta a viabilidade de diversos investimentos.
Já o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, João Gomes Cravinho, afirmou que essa é uma excelente oportunidade para conhecer pessoalmente o Porto do Lobito, "uma importante infra-estrutura que fortalecerá as relações económicas entre a África e a Europa. "É uma obra parcialmente natural que possibilitará que toda a produção do continente africano chegue ao Porto e, a partir daqui, distribuída para o mundo. As grandes potências mundiais utilizarão esse corredor no futuro para impulsionar a economia global", declarou o ministro.
João Gomes Cravinho destacou que com o investimento no Corredor do Lobito, os investidores terão uma nova perspectiva quando desejarem investir fora da União Europeia ou do mundo ocidental. "Este corredor é um meio de transporte fundamental para toda a matéria-prima proveniente do interior de Angola e dos países vizinhos. No futuro, as grandes potências mundiais utilizarão este corredor para impulsionar a economia global”, afirmou o ministro.
Por seu lado, o PCA da empresa portuária, Celso Rosas, expressou grande satisfação: "Os nossos parceiros da União Europeia presenciaram de perto as possibilidades que o Corredor pode oferecer para a economia de ambas as partes”, afirmou. E acrescentou: "Agora não temos mais dúvidas de que o Corredor funcionará com a participação de todos os interessados, ou seja, a UE, os EUA e outras potências".
Fonte:Jornal de Angola.