O ministro das Relações Exteriores e presidente da Comissão Executiva da União Africana, Téte António, intervém hoje no Villa Doria Pamphilj, em Roma, Itália, na Cimeira denominada “Plano Mattei para África e Global Gateway: Um esforço comum com o continente africano".
O chefe da diplomacia angolana representa o Presidente da República e líder da União Africana, João Lourenço, na referida reunião de alto nível, consagrada ao desenvolvimento de investimentos no Corredor do Lobito e no fortalecimento das parcerias com a África.
Téte António vai, na ocasião, fazer uma abordagem em relação ao potencial do projecto no Corredor do Lobito, para além de apresentar uma visão sobre a iniciativa do Plano Mattei e as incidências para o desenvolvimento do continente africano.
A Cimeira, co-presidida pela Primeira-Ministra italiana, Giorgia Meloni, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, deve contar com as presenças dos representantes de 14 países africanos integrantes do denominado “Plano Mattei”, nomeadamente, Argélia, Angola, Congo Brazzaville, Cote d’Ivoire, Egipto, Etiópia, Ghana, Quénia, Mauritânia, Marrocos, Moçambique, Senegal, Tanzânia e Tunísia.
Participam, ainda, na reunião de alto nível, os líderes da Zâmbia, República Democrática do Congo (RDC) e Tanzânia, e, também, as instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial e Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).
Além de promover o desenvolvimento de investimentos no Corredor do Lobito, em Angola, a Cimeira visa, igualmente, criar condições que reduzam a migração forçada e promovam o desenvolvimento sustentável, alinhado às estratégias do intitulado Plano Mattei, proposto por Itália, no ano passado, e a iniciativa “Global Gateway” da União Europeia, focados em projectos conjuntos com países africanos nas áreas da Energia, Agricultura, Educação e formação profissional.
O Plano Mattei é uma homenagem a Enrico Mattei, fundador da ENI, empresa italiana do sector da Energia, que, nos anos 50, defendeu uma relação de cooperação com os países africanos, que passava por ajudá-los a desenvolver os recursos naturais.
O projecto foi formalizado numa Cimeira realizada em Roma, em 2024, altura em que a Itália presidia ao G7, e conta com um orçamento de 5,5 mil milhões de euros, entre créditos, doações e garantias. Deste valor, 300 milhões vão ser investidos no Corredor do Lobito.
Fonte: Jornal de Angola.