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Política
03 Julho de 2024 | 08h07

Censo Geral da População e Habitação adiado para o dia 19 de Setembro

O Censo Geral da População e Habitação, inicialmente previsto para começar a 19 deste mês, está adiado para 19 de Setembro próximo.

Questões logísticas e operacionais, como transportes, a falta de equipamentos, concretamente de mais de 60 mil tablets, e o processo de formação dos agentes recenseadores, que deve ocorrer num tempo mínimo de 40 dias, estão na base do adiamento do processo.

A informação foi avançada nesta terça-feira, em conferência de Imprensa, em Luanda, pelo coordenador do Grupo Técnico de Apoio à Comissão Multissectorial do Censo, Paulo Calenge, depois de explicar que a proposta do adiamento, em função de alguns desafios de logística e operacionais, foi bem atendida e prontamente anuída pela Comissão Multissectorial de Apoio à realização do acto.

"Hoje, estamos a 17 dias para o momento censitário e apresentam-se ainda alguns desafios, quer do ponto de vista logístico, quer das questões operacionais. E, aqui, devemos assinalar fundamentalmente, os desafios relacionados à transportação dos equipamentos e outros meios necessários para a recolha efectiva a 19 de Julho", disse, esclarecendo que as empresas fornecedoras, na maioria importadoras que ganharam o concurso para a aquisição dos tablets, cuja produção está a ser feita no exterior do país, não conseguiram responder ao compromisso assumido, alegando a questão do transporte dos mesmos.

"Neste momento, ainda que tivéssemos hoje os tablets, já não seria possível ter o 19 de Julho como a data para o arranque do Censo, na medida em que só do ponto de vista de aprovisionamento, precisaríamos de 20 a 25 dias para fazer a distribuição dos cerca de 60 mil tablets e a formação dos recenseadores que está programada para 15 dias. Portanto, estamos a falar de 40 dias necessários para acautelarmos todos os outros aspectos, inerentes a este processo", explicou.

Em face disso, acrescentou o responsável, entendeu-se propor o adiamento, para se garantir o cumprimento escrupuloso de toda a metodologia inerente ao processo, e de se escapar de uma avaliação negativa, desde o ponto de vista internacional.

"Estes aspectos estão garantidos e o tempo que temos nos vai permitir ter esta aprovação, tendo em conta, que não fugimos do momento censitário, temos aqui uma oportunidade muito interessante de fazer muito melhor", defendeu.

Ao dirigir-se aos directores-adjuntos do Instituto Nacional de Estatística (INE), membros do Grupo Técnico do Censo e de Especialidades, comentaristas e jornalistas, José Calenge esclareceu igualmente, que apesar do adiamento, o país vai estar dentro da Ronda Censitária 2020, que termina apenas em Dezembro deste ano.

Por outro lado, o também director-geral do Instituto Nacional de Estatística (INE), José Calenge, sublinhou que os trabalhos vão continuar com o mesmo empenho de sempre, sendo certo que os objectivos pelos quais norteiam a realização desta grande operação vão ser salvaguardados.

Recrutamento e formação dos agentes

Questionado sobre o processo de recrutamento dos agentes recenseadores, José Calenge disse correr sem sobressaltos e que está na fase final de apuramento dos candidatos admitidos, depois de ocorrerem as inscrições, a avaliação documental e de conhecimento.

Na primeira quinzena de Setembro, vão acontecer as formações localmente, sendo que a distribuição do material vai ser antecipada.

"No processo de formação, neste período de quatro dias, já teremos alocado para cada localidade o material inerente ao processo. Portanto, não existem dificuldades que coloquem algum desafio em relação a este tempo diminuto", explicou. José Calenge esclareceu, que a questão do pagamento dos recenseadores não é problema, assegurando estar já previsto.

Colocada a questão das chuvas, em Setembro, José Calenge reconheceu ser um mês desafiante,  tendo explicado não haver alternativa, na medida em que é o período ideal do ponto de vista do cumprimento da Ronda Censitária 2020, uma vez que depois da etapa de recolha, ainda tem um inquérito pós-censitário.

"De facto, os desafios serão maiores do ponto de vista dos acessos, mas entendemos que este projecto é nacional e a Comissão Multissensorial é composta por vários departamentos ministeriais, particularmente da Defesa e do Interior, que estão sendo apelados para que os meios sejam utilizados neste período". O Censo anterior, segundo ainda o coordenador do Grupo Técnico, trouxe muita experiência, que deve ser aproveitada para o presente.

Fonte: Jornal de Angola.



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