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Política
29 Novembro de 2023 | 07h11

Encontro entre João Lourenço e Joe Biden é oportunidade para impulsionar as relações


O embaixador norte-americano acreditado em Luanda, Tulinabo Mushingi, considera o encontro entre os Presidentes João Lourenço e Joe Biden, marcado para amanhã, na Casa Branca, reflexo do reconhecimento dos resultados positivos da parceria entre Angola e os Estados Unidos da América (EUA) e uma oportunidade para impulsionar, ainda mais as relações entre os dois povos.

No comunicado tornado público ontem, por ocasião do encontro entre os dois Chefes de Estado, o diplomata apontou a visita uma demonstração significativa da parceria que registou, nos últimos 30 anos, um "crescimento drástico”, facto que, no seu entender, reflecte o reconhecimento dos respectivos líderes de que Angola e os Estados Unidos podem obter resultados maiores para os respectivos povos.

Tulinabo Mushingi, que vai participar igualmente no encontro na residência oficial do Presidente dos EUA, fez saber que a Administração Biden está empenhada em criar, com o Executivo angolano, mais oportunidades para potenciar o desenvolvimento com vantagens mútuas.

Durante o encontro, espera-se que os dois Presidentes discutam o crescimento dos investimentos dos EUA em Angola, o aumento do comércio bilateral e o reforço da cooperação nas iniciativas de parceria para as infra-estruturas e investimentos globais, nos domínios do clima, energia e das infra-estruturas transformadoras, como a do Corredor do Lobito.

Tulinabo Mushingi disse acreditar que a visita vai servir para reforçar a liderança de Angola em iniciativas fundamentais de paz e segurança a nível regional e mundial. "Depois do meu regresso a Angola, aguardo com expectativa  a oportunidade de discutir com mais pormenores  o resultado da reunião”, concluiu o embaixador norte-americano.

Angola e os EUA estabeleceram relações diplomáticas formais em 1993. Actualmente, Angola é o terceiro maior parceiro comercial dos EUA na África

Nova imagem para Angola

Entre os temas a serem abordados, Joseph dos Santos apontou, igualmente, a segurança regional, por ser das matérias que o Presidente João Lourenço tem levado a cabo, com destaque para a situação na RDC, Rwanda, República Centro-Africana e outras regiões.

Para o analista, a estabilidade de modo geral na África subsariana, bem como a questão do Golfo da Guiné e a sua segurança é uma matéria que também muito interessa o Presidente Joe Biden e, nisto, "penso que pretende ouvir (a opinião) do principal play maker da região e Campeão da Paz”.

"Trata-se de matérias que o Presidente João Lourenço tem advogado muito e hoje Angola se encontra numa posição muito melhor para também discutir esses assuntos e outros com os Estados Unidos da Américá”, ressaltou Joseph dos Santos.

 Estímulo à balança comercial

Joseph dos Santos acredita que o encontro entre os Presidentes Joe Biden e João Lourenço vai, igualmente, impulsionar a balança comercial. "Basta olharmos para as políticas de atracção de investimentos que o Presidente João Lourenço tem promovido”, sustentou.

Na óptica do analista, hoje temos cidadãos norte-americanos que podem entrar para o país sem muitas burocracias e visto. Esta medida, vai permitir que empresários norte-americanos invistam no país e olhem para esta diversidade de riqueza não explorada.

Em 2021, lembrou, o PIB dos EUA registou 22.9 biliões de dólares, tendo em 2023 aumentado para 26.9 biliões de dólares. "Estamos a falar da maior e mais robusta economia do mundo”, sublinhou.

Esta economia, em termos de bens e serviços, prosseguiu Joseph dos Santos, tem muito para oferecer para Angola, que é um mercado praticamente virgem, comparado com o dos Estados Unidos da América.

Toda esta matriz, quer da abertura do país em termos legais e de um discurso mais flexível, contribui para atracção e captação de investimentos americanos e permitir que tudo aquilo que for produzido localmente seja exportado para os Estados Unidos.

Sobre o Corredor do Lobito, uma das questões da agenda dos dois Chefes de Estado, os americanos investiram mais de 930 milhões de euros neste projecto, que combina três países, nomeadamente Angola, RDC e a República da Zâmbia.

Fonte: Jornal de Angola.

 




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