Os Estados Unidos da América (EUA) vão conceder mais de mil milhões de dólares em apoio humanitário às populações africanas deslocadas devido às secas históricas e insegurança alimentar, anunciou o Presidente Joe Biden, em Luanda.

Discursando terça-feira, 3 de Dezembro, no Museu da Escravatura, no âmbito da visita oficial a Angola, Joe Biden sublinhou que os Estados Unidos continuam a ser o maior provedor mundial de ajuda humanitária e assistência ao desenvolvimento.

A ajuda poderá ser reforçada no futuro, pois "é o certo a fazer como nação mais rica do mundo”. 

O Presidente Joe Biden destacou a transformação nas relações entre os EUA e África, afastando a visão assistencialista, e a aposta do seu país em parcerias sólidas e sustentáveis. 

A abordagem actual, afirmou, dá prioridade à cooperação mútua em detrimento de intervenções unilaterais, com o objectivo de beneficiar ambas as partes. 

"Sabemos que os líderes e cidadãos africanos buscam mais do que apenas ajuda. Vocês querem investimentos. Por isso, os Estados Unidos estão expandir o relacionamento por toda a África — de assistência à ajuda, de investimento ao comércio — passando de patronos para parceiros, ajudando a reduzir o deficit de infra-estruturas”, clarificou Joe Biden. 

Durante o discurso, o estadista disse ainda que a o objectivo tem sido construir parcerias genuínas com as nações africanas, fomentando o envolvimento do sector privado americano e utilizando a expertise governamental para apoiar as aspirações de empreendedores e líderes africanos. 

"Sabemos que os desafios que definem nossa era exigem liderança africana. Um em cada quatro seres humanos no mundo viverá na África até o ano de 2050. E a engenhosidade e a determinação dos jovens africanos, em particular, como os jovens líderes da sociedade que acabei de conhecer aqui hoje, serão forças inegáveis no progresso humano”, considerou Biden. 

Em relação ao futuro do continente, mostrou-se optimista ao atribuir à nova geração a responsabilidade de impulsionar o acesso à energia limpa, enfrentar as ameaças à saúde global e expandir a classe média africana. 

"Em muitos aspectos, o sucesso da África é e será o sucesso do mundo. Como eu disse na Cúpula EUA-África: os Estados Unidos estão completamente comprometidos com o futuro de África”, reafirmou.

Fonte: Portal Cipra.