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Nacional
18 Março de 2023 | 18h03 - Actualizado em 18 Março de 2023

Governo quer captar mais investimentos para o sector das águas

O ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, assegurou, esta sexta-feira, que o Governo vai continuar a captar investimentos para o sector das águas por ser importante factor de contribuição ao desenvolvimento sustentável, económico e social.

Falando na abertura do "Fórum Nacional de Água e Saneamento” (FONAS), sublinhou que o sector das águas está no centro das atenções do Executivo angolano pela sua transversalidade e por ser parte dos objectivos da Agenda 2030 da ONU, que defende o acesso universal e equitativo à água potável e ao saneamento até 2030.

Frisou que a taxa de acesso à água ainda é relativamente baixa. "Estamos em cerca de 60% de acesso à água, quer dizer que grande parte da população ainda não tem acesso aos serviços básicos de água potável”.

Fonte: Angop.

Fonte Angop.

"Há esforços que estão a ser feitos para a construção de novos sistemas de abastecimentos de água, da qualidade e regularidade da oferta, que influenciam directamente a qualidade de vida das populações do interior, quer nos principais centros urbanos quer nas diferentes localidades do interior do país, apesar da escassez de recursos.

João Baptista Borges destacou que o Governo tem implementado diferentes programas e projectos para a melhoria do abastecimento de água potável, gestão de recursos hídricos, por formas a permitir às populações o acesso adequado e universal à água potável e aos serviços de saneamento.

Acrescentou que os programas já implementados têm a base nas prioridades definidas no Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN 2018-2022), referente aos estudos sectoriais desde 2015 a 2022, com instituições parceiras como Banco Mundial, Banco Africano de Desenvolvimento, UNICEF e União Europeia.

O titular da pasta da Energias e Águas destacou que têm sido realizadas acções para construção de laboratórios provinciais para assegurar a qualidade da água que em grande medida têm contribuído para a redução de endemias como a cólera e outros tipos de doenças infecciosas, como tem acontecido nas intervenções sobre a Covid-19.

Por outro lado, fez saber que no domínio de sistema de saneamento foram desenvolvidos importantes estudos, visando a captação de financiamentos, considerando a necessidade de melhoria das condições de saúde da população, relacionadas com as doenças de origem hídrica.

Segundo o ministro, há estudos e várias acções realizadas para a gestão do saneamento em 11 cidades costeiras, nomeadamente Lândana, Cabinda, Soyo, N´zeto, Ambriz, Porto Amboim, Lobito, Benguela, Baia Farta, Moçâmedes e Tômbwa.

De acordo com o governante, estão em curso acções que prevêem a revisão dos planos directores de água e saneamento em todos os municípios das províncias de Cabinda, Bengo, Cuanza Sul, Cunene, Lunda Norte, Lunda Sul, bem como nas capitais das províncias do Huambo, Uíge, Cuanza Norte, Malanje, Bié e Huíla.

Ressaltou que algumas dessas localidades nunca tiveram água potável e hoje contam com redes modernas de captação, tratamento e distribuição.

João Baptista Borges disse sentir que há necessidade de se operacionalizar o FONAS no quadro de um programa lançado em 2019 pelo Ministério da Energia e Águas, em conjunto com o Ministério do Ambiente.

O Fórum Nacional de Água e Saneamento (FONAS) realizou-se em Luanda, no âmbito do Dia Mundial da Água, que se comemora a 22 de Março.

Este encontro debateu temas como "Os Desafios Financeiros do Sector de Água e Saneamento”, "Segurança e Resiliência Climática no Sector de Água”, "Problemática do Saneamento em Angola” e o "Saneamento nas Cidades Costeiras”.



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