Os empresários ugandeses têm manifestado interesse em investir no país, no sector da Agricultura e Turismo, mas aguardam pelos acordos de isenção, supressão ou facilitação de vistos em passaportes diplomáticos, de serviço e ordinários, revelou, ontem, o embaixador deste país africano acreditado em Angola.

Julius Chihandae foi recebido em audiência pelo governador Manuel Homem  na sede do Governo Provincial de Luanda (GPL).

O diplomata esclareceu que, além da barreira dos trâmites administrativos, os homens de negócios ugandeses pretendem um intercâmbio sobre a transferência monetária entre os países, para permitir trocas comerciais directas.

"Os ugandeses têm um grande interesse em investir em Angola, mas não têm tido abertura devido ao processo burocrático”, disse o embaixador à saída do encontro com o governador, que se mostrou disponível para levar as preocupações do diplomata às instituições do país. Para Julius Chihandae, a audiência com Manuel Homem serviu para se ultrapassarem as barreiras administrativas entre os países.

"O Uganda quer troca de experiências com Angola no sector da Agricultura, Turismo e para a transferência monetária entre os países”, disse. 

O diplomata admitiu que o governador provincial se mostrou disponível para a aproximação das instituições, para permitir a facilitação no processo administrativo.

O embaixador, que já ocupou funções diplomáticas nas missões do seu país no Egipto, Índia e Arábia Saudita, é o primeiro embaixador extraordinário do Uganda em Angola.

Mercado

No ano passado, em Agosto, o diplomata foi recebido pela governadora Maria Antónia Nelumba, durante uma visita à província do Bengo, para observar as potencialidades socioeconómicas desta região do país. Após a conclusão da visita, Julius Chihandae manifestou interesse em concretizar a cooperação no sector da Agricultura entre os países.

Segundo informações da Direcção dos Assuntos Jurídicos, Tratados e Contencioso do Ministério das Relações Exteriores, Angola tem acordos com alguns países africanos de isenção, supressão e facilitação de vistos em passaportes, diplomáticos, de serviço e ordinários.

Trata-se da África do Sul, Argélia, Botswana, Cabo Verde, Eswatini, Marrocos, Maurícias, Moçambique, Namíbia, República Democrática do Congo, Rwanda, Seychelles, Zâmbia e Zimbabwe.

Fonte: Jornal de Angola.