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Política
02 Maio de 2024 | 07h05

Financiamento para o Clima: Executivo comprometido com o desenvolvimento

O Executivo angolano está comprometido em trabalhar, com instituições nacionais e internacionais, para até 2030 concretizar os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), de acordo com as deliberações das Nações Unidas sobre as alterações climáticas.

A garantia foi manifestada terça-feira, em Luanda, pela ministra das Finanças, Vera Daves, ao intervir no encontro denominado "Diálogo Nacional sobre o Financiamento para o Clima", organizado pelo Ministério do Ambiente e as Nações Unidas.

De acordo com a ministra das Finanças, a concretização dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável está na agenda governativa e constitui uma prioridade "inegável" para Angola, em particular do Titular do Poder Executivo.

Para o sucesso do compromisso, Vera Daves considera a parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) é de extrema importância, tendo em conta a vasta experiência que têm em apoiar os países na implementação de estratégias.

"É necessário a conjugação de esforços de todos, dos governos e organizações internacionais, genuinamente comprometidas em mobilizar recursos", exortou a titular das Finanças, alertando que a questão das alterações climáticas não se trata apenas do presente, mas sim do futuro da humanidade.

"Com a parceria do PNUD, do Unicef e todos os sectores da sociedade civil estamos confiantes de que poderemos alcançar os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável e construir um país mais próspero para os angolanos", sublinhou.

No entender da ministra das Finanças, é preciso dar início à discussão que vai conduzir à elaboração de um diagnóstico das necessidades do país, olhando aos diversos intervenientes e oportunidades para a mobilização de recursos quer nacionais como internacionais.

Segundo a ministra das Finanças, confiar apenas em fontes soberanas ou organizações internacionais não vai permitir concretizar os desafios que se pretendem. É necessário que se trabalhe em conjunto, exigindo das entidades públicas reformas profundas e transparência na governação, factores que vão transmitir aos cidadãos confiança no futuro.

Segundo a titular da pasta das Finanças, é fundamental também consolidar a gestão das finanças públicas, onde o compromisso de todos deve estar focado na melhoria da qualidade da despesa pública, que deve permanecer firme. "À medida que o Executivo traça um caminho e uma estratégia pretende conduzir a um futuro mais próspero e sustentável para todos os angolanos", ressaltou.

A realização do "Diálogo Nacional sobre o Financiamento para o Clima", organizado pelo Ministério do Ambiente e as Nações Unidas, frisou Vera Daves, demonstra claramente o compromisso de Angola em alcançar os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável.

"O país tem toda a necessidade de formular uma nova arquitectura financeira para o Clima, incluindo a diversificação da economia, com uma produção agrícola mais resiliente, áreas que mais sofrem com os efeitos potencialmente nefastos das alterações climáticas", indicou.

Relativamente ao continente africano, Vera Daves disse que um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), produzido em 2023, refere que o continente precisa de um financiamento adicional de 194 mil milhões de dólares anuais para alcançar os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável até 2030.

A titular da pasta das Finanças referiu que a agenda do Clima coloca diversos desafios aos países, tendo em conta as diferentes fases de desenvolvimento de cada um, bem como da posição geográfica em que se encontram, a fim de conseguir o financiamento para a concretização das estratégias, de acordo com as deliberações Quadro das Nações Unidas sobre as alterações climáticas.

Fonte: Jornal de Angola.



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