Acompanhado por uma delegação de empresários do sector agro-alimentar, infra-estruturas e energias, Emmanuel Macron iniciou, ontem, em Libreville, Gabão, um périplo por África, que o levará ainda a Brazzaville (República do Congo) e Kinshasa (República Democrática do Congo).

De acordo com o programa de trabalho, a que o Jornal de Angola teve acesso, o Chefe de Estado, João Lourenço, tem previsto um encontro, no Palácio da Cidade Alta, com o homólogo francês. Emmanuel Macron, e vai proceder ao encerramento do Fórum Empresarial Angola – França, que começa hoje no Museu da Moeda, com empresários dos dois países.

Em declarações à Angop, sobre a visita do estadista francês, a embaixadora de Angola em França, Guilhermina Prata, considerou uma demonstração da importância que este país da União Europeia atribui a Angola, como "parceiro estratégico prioritário, com o qual tem mantido relações e diálogo constantes”.

A diplomata sublinhou: "é preciso salientar que a França é o segundo maior investidor estrangeiro em Angola, a seguir aos Estados Unidos da América. Há, no nosso país, empresas como a Total Energies, que é um dos principais empregadores privados”.

Guilhermina Prata realçou que o Executivo, em particular os angolanos, podem esperar que este seja mais um grande passo rumo à projecção do país no plano internacional e ao desenvolvimento do reforço da cooperação bilateral já existente.

Questionada sobre o estado actual das relações Angola -França e suas perspectivas, a diplomata disse que os laços entre os dois países são excelentes. Regista-se uma continuidade visível nos contactos regulares entre os dois países e há um trabalho conjunto em vários sectores, particularmente em domínios regionais e internacionais, e a nível bilateral, como, por exemplo, na cooperação económica, no domínio da agricultura e nas vertentes social, educacional e cultural.

Perspectiva-se ainda o aprofundamento nas relações, o apoio e troca de experiências entre os dois países, bem como a busca de mais investidores estrangeiros e o aumento de projectos para a melhoria e sustentabilidade nas mais diversas áreas de interesse comum.

De igual modo, urge continuar a abordar-se questões administrativas e consulares que preocupam ambas as partes. O Fórum de Paz de Paris, no qual Angola tem participado desde a sua criação, frisou, é uma iniciativa, igualmente, importante "para centrarmos a nossa atenção, pelo papel relevante do país na promoção da paz e segurança no continente africano, em particular, e no mundo, em geral”.

Angola está ligada por fronteira e laços históricos a países francófonos, e será uma mais-valia fazer parte, no futuro, dessa grande comunidade. "Também, a nível parlamentar, vamos promover a troca de experiências, com uma das democracias mais sólidas do mundo”, disse a diplomata.

Fonte: Angop