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Política
23 Julho de 2024 | 08h07

Primeiro-ministro português visita Angola

O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, realiza, a partir desta terça-feira, uma visita oficial de três dias a Angola, no quadro do reforço da cooperação bilateral entre os dois países.

A assinatura de acordos bilaterais, um fórum de negócios Angola-Portugal no âmbito da Feira Internacional de Luanda (FILDA) e uma deslocação a Benguela para conhecer, no local, o projecto do Corredor do Lobito são alguns dos destaques do programa provisório da visita, que termina, na quinta-feira à noite.

O programa começa com a cerimónia de deposição de uma coroa de flores no Memorial Agostinho Neto, o primeiro Presidente da República de Angola.

Está igualmente agendado um encontro com o Presidente da República, João Lourenço, primeiro apenas com Luís Montenegro, e depois entre as comitivas alargadas, que terminarão com intervenções dos dois chefes de Governo e uma conferência de imprensa.

Nessa ocasião, serão assinados vários instrumentos jurídicos, ainda não divulgados.

Em Julho de 2023, na visita do então primeiro-ministro António Costa a Luanda, houve um reforço da linha de crédito Portugal-Angola de 1,5 para dois mil milhões de euros.

No cumprimento da sua agenda, Luís Montenegro visitará a Escola Portuguesa de Luanda.

No final de Junho, o ministro da Educação de Portugal, Fernando Alexandre, anunciou uma solução para os 70 professores que se encontravam "em situação de precariedade grave" neste estabelecimento.

O primeiro-ministro irá à Fortaleza de São Miguel, uma fortificação militar do século XVI que passou a museu após a Independência de Angola e, entre 2009 e 2013, foi alvo de obras de reabilitação.

A agenda do primeiro dia termina com uma recepção à comunidade portuguesa, num hotel em Luanda, com uma actuação do cantor e compositor angolano Toty Sa'Med (TBC).

O segundo dia será centrado na parte económica, um dos pilares desta deslocação, começando com visitas a duas empresas.

Trata-se da Powergol, com origem, em Braga (Portugal) e que opera na área de energia e equipamentos eléctricos (com foco na formação de quadros), e a Refriango, empresa angolana líder na produção de bebidas.

À tarde, Luís Montenegro visita, na FILDA, o pavilhão de Portugal e vários "stands" de empresas portuguesas e angolanas, e encerra o Fórum de Negócios Angola-Portugal, dedicado ao tema do sector agroalimentar.

Neste fórum, discursarão igualmente o ministro português da Economia, Pedro Reis, e o ministro angolano de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano.

O terceiro e último dia da visita, na quinta-feira, será quase todo passado, na província de Benguela, na zona oeste de Angola, onde o governante luso irá conhecer um dos projectos de desenvolvimento mais emblemático do país, o Corredor do Lobito.

Com financiamento dos Estados Unidos e da União Europeia, o Corredor do Lobito liga as províncias de Benguela, Huambo, Bié e Moxico e integra, como infraestruturas, o Porto do Lobito, o Terminal Mineiro, o aeroporto da Catumbela e o Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB).

Esta ferrovia estende-se até às áreas de mineração da Copperbelt, na Zâmbia, e de Katanga, na República Democrática do Congo (RDC), promovendo a exportação mais rápida e competitiva de cobalto, cobre e outros minérios desses países.

Em Benguela, o primeiro-ministro luso começará por se encontrar com o governador da Província, Luís Manuel da Fonseca Nunes, e visitará as futuras instalações do Consulado-Geral de Portugal.

Seguir-se-á uma deslocação à maior central solar fotovoltaica de Angola, a Central Solar do Biópio, e ao porto da cidade do Lobito, antes de chegar aos Caminhos de Ferro de Benguela e ao Lobito Atlantic Railway (LAR), o consórcio constituído pela Trafigura, Mota-Engil e Vecturis que tem a concessão por 30 anos.

Luís Montenegro regressa ao final da tarde a Luanda, onde terá honras militares na cerimónia de despedida, no Palácio Presidencial, estando previsto um encontro com a imprensa e um jantar oferecido pelo embaixador de Portugal em Luanda, Francisco Alegre Duarte.

 

 

Fonte: Angop



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